Bahia entre os cinco clubes que não mudaram de técnico durante o Brasileirão

Dos 20 clubes, apenas cinco mantém o treinador desde a primeira rodada,

Na medida em que o Campeonato Brasileiro da Série A vai entrando quase na reta final apontando direção ou encaminhando posicionamento das equipes na tabela de pontuação, as tensões aumentam e o primeiro a sobrar é o técnico, uma cultura bem peculiar do futebol nacional. Nas duas últimas rodadas, por exemplo, tivemos diversas demissões e um pedido de desligamento: a saída do técnico Alberto Valentim que sentiu que o barco do Avaí está prestes a afundar, contrariando o que fazem os bons comandantes, optou pelo desligamento e acertou com o Botafogo-RJ em substituição à Eduardo Barroca. Antes dele, outro que pediu o boné e foi embora, talvez já prevendo o desfecho da demissão foi Mano Menezes, hoje treinador do Palmeiras, mesmo aconteceu com CUCA no São Paulo, que abriu espaço para Fernando Diniz, aquele tratado como moderno e inovador, porém com resultados ainda imperceptível a olho nu pelos mortais.

 

De todos demitidos, talvez a saída do técnico Odair Hellmann do Internacional foi a maior surpresa pelo bom trabalho que vinha desenvolvendo além de ser um técnico de custo baixo considerando os pesos-pesados. O time colorado briga pelo G4, havia sido vice-campeão da Copa do Brasil, porém, a derrota para o modesto CSA foi demais para “supremacia” gaúcha. Já o último a cair, Rodrigo Santana do Clube Atlético Mineiro era previsto, além do enorme declínio técnico, levar de 4 x 1 dentro casa é de fato  algo insustentável até para o espanhol Pep Guardiola,

Considerando apenas o inicio da competição, nomes consagrados foram trocado sem o aviso prévio. Abel Braga é o maior exemplo, campeão carioca pelo Flamengo, não passou da sexta rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, o técnico garante que foi ele que pediu demissão. Hoje comanda a panela do Cruzeiro

Aliás, uma mudança fantástica, já que com a sua saída e a chegada do “Mister” Português Jorge Jesus, o time carioca ganhou não tão somente um técnico novo, como também ares de campeão brasileiro pela campanha que vem realizado. Já técnico Felipão, considerado o maior salário do futebol brasileiro na ocasião, foi vitima dos seus conterrâneos gaúchos. Foi eliminado da Copa do Brasil pelo Internacional no Beira Rio, em decisão nos pênaltis. Antes disso, foi despachado pelo Grêmio na Libertadores dentro de São Paulo. Moral: deixou o clube e agora estuda proposta de clubes da Europa.

Dos 20 clubes, apenas cinco mantém o treinador desde a primeira rodada, sendo que um já é bastante contestado pela torcida e imprensa paulista e pode perder o emprego caso perca para o Goiás na próxima quarta-feira no Serra Dourada,  – Ele próprio admite tal possibilidade. Refiro-me ao técnico Fabio Carille, campeão paulista pelo Corinthians derrotado ontem no clássico contra o São Paulo pelo placar de 1 x 0.

Outro mantido, mas pode começar a ter dor de cabeça, sobretudo com a torcida, é Roger Machado do Esporte Clube Bahia. O time vem de três jogos sem triunfos, sendo duas derrotas e um empate e caso não obtenha um bom resultado contra o Grêmio no meado da semana em Porto Alegre, já é possível acreditar que vai começar a tradicional chiadeira de todos nós e o fim da lua de mel na certa.

Além deles, o Renato Gaúcho com a moral elevada no Grêmio, Thiago Nunes próximo de renovar contrato com Athletico paranaense e o argentino Jorge Luis Sampaoli, treinador do Santos que briga pela vice-liderança com o Palmeiras, formam o quinteto dos técnicos sobreviventes do Brasileiro da Série A na atual temporada.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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