Em entrevista ao programa “Coletiva”, da TV Câmara Salvador, que foi gravado nesta segunda e será exibido na próxima quarta-feira (21), o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, voltou a comentar sobre a possibilidade de ser candidato a Prefeito de Salvador nas eleições de 2020. O mandatário não descarta a hipótese, porém, garante que no momento não pensa nisso, apenas no clube, e fez questão de ressaltar que, se deixar o Esquadrão, a “torcida será a primeira a saber”. “Cobiçado” pelo grupo do atual prefeito ACM Neto (DEM) e também do governador Rui Costa (PT), o dirigente entende que para se candidatar não precisa de apoio de um deputado, de um prefeito, de um governador, mas sim que apoiem o seu projeto.
“Não estou trabalhando com a hipótese de eleição municipal. Fico no Bahia até dezembro de 2020. Se alguma coisa acontecer neste meio do caminho, seja uma decisão minha de ir para outro projeto, seja por problema de saúde, eu vou comunicar a torcida. Vou pedir uma licença. Vou renunciar. Mas isso não passa pela minha cabeça agora. Todo dia eu acordo pensando que meu mandato vai até dezembro de 2020. Se alguma coisa acontecer neste caminho, a torcida vai ser a primeira a saber”.
“Em qualquer momento, [posso] voltar para a gestão pública. Eu sempre fui uma pessoa ao mesmo tempo de projetos coletivos, mas de manter minha autonomia. Tenho minhas escolhas e minha personalidade. Acredito nas parcerias. Ninguém faz nada sozinho. Mas não sou de entender que o projeto que eu acredito, por exemplo, para o Bahia, para a cidade, para minhas empresas, eu preciso do apoio de um deputado, de um prefeito, de um governador. O que as pessoas precisam apoiar é um projeto”.
“Eu falei o que sinto mesmo. O que é o estilo da minha relação com o prefeito ACM Neto. Uma pessoa que eu não conhecia quando ele confiou assumir a Secretaria Municipal. Isso quando eu tinha 35 anos. Ele não me conhecia nem tinha votado nele. […] Eu faço uma participação na prefeitura porque o prefeito me deu essa possibilidade. Me deu esse crédito. E eu também trouxe coisas para a gestão dele. Salvador saiu da última capital do Ideb nacional, pulou nove cidades na minha gestão. É um resultado histórico. Aconteceu porque eu e minha equipe nos mobilizamos para isso. Vai dizer que os professores devem alguma coisa a ACM Neto? Ou ACM Neto deve alguma coisa aos professores? Não. Isso é fruto de uma parceria. Assim como entreguei coisas muito boas para a gestão do prefeito, com erros também, ele também me deu responsabilidade e espaços. É um zero a zero”