Presidente do Bahia tem agido de forma correta em defender Enderson

Esse não é o momento de demitir treinador, às vésperas de decisão

bellintani e enderson bahia

A falta de planejamento das equipes do futebol brasileiro com relação a técnicos de futebol, também passa pela baixa qualidade profissional técnica e tática, além de ousadia deles. Acho fundamental a contratação de um grande técnico, muito mais importante que contratar grandes jogadores, porque se ele não tiver variedade tática, ele engessa bons jogadores e podem encurtar carreira de muitos jogadores.

Olhando o futebol moderno, observamos que uma mudança tem sido fundamental, goleiro não é mais aquele jogador que fica só embaixo das traves, isso já é uma tendência no futebol mundial, no Brasil ainda é uma coisa incipiente, e aqueles que não se adaptarem a essa tendência ficarão para trás. O argentino Jorge Sampaoli, que já treinou clubes de vários continentes, exigiu ao Santos a contratação de um goleiro que saiba jogar com os pés.

Questionei aqui no site Futebol Bahiano se Enderson aproveitaria a grande oportunidade dada pelo Bahia, e ouvindo alguns jogadores que clube indica para dar entrevista, pude observar um detalhe importantíssimo que passa despercebido para muita gente. É comum o jogador indicado pelo clube dizer na véspera de um jogo importante que até agora não sabe nada do adversário quando este é pouco conhecido, e pasmem, espera que pouco antes da partida possa vê alguns taipes, ou seja, o Bahia de Enderson torna-se um time previsível e justamente com esse exemplo podemos diferenciar um técnico estrategista para um técnico mediano.

Vi a entrevista do técnico do Liverpool do Uruguai, dizer ter mandado um representante seu para assistir uma semana antes do Ba x Vi que aconteceu, em cima disso treinou estratégia para anular as principais peças do adversário e com contra-ataques eficientes para tentar sair vencedor. Apesar da grande diferença técnica das duas equipes, ouvi recentemente Renato Gaúcho dizer que todo clube brasileiro tem um espião e que é normal utilizar drones para fiscalizar e neutralizar seu oponente.

Esqueceu Renato que só quem utiliza este expediente são os técnicos mais diferenciados com repertórios variados e são poucos no Brasil. Em sua grande maioria os técnicos medianos ainda não alcançaram este estágio, não por acaso a cada ano aumenta a relação de técnicos que passam para o ostracismo, observei a grande qualidade e rapidez na saída de bola até o ataque que o Fortaleza de Rogério Ceni impôs ao Bahia apesar da grande diferença técnica, e Marcelo Chamusca, mesmo com time limitadíssimo, anulou completamente o Bahia.



Agora se existe uma categoria unida e bem representada são eles, ainda tentou cooptar a CBF para impor aos clubes de futebol não poderem trocar treinador durante a temporada, só pode ser piada, deveria também existir uma Lei isentando o clube de pagar salários até o final do contrato se esse profissional for demitido e assinar com outra equipe. Observamos muitos deles forçar uma situação para ser demitido e já estar apalavrado com outro clube, para receber salário dobrado, não estou dizendo que seja o caso de Enderson, mas, depois de sair do primeiro tempo com uma estrondosa vaia, empatando com o fraquíssimo Sergipe pior time da competição, ele coloca o contestado pela torcida Guilherme, tirando o jogador mais perigoso da partida, Artur Caíque.

Para completar a pirraça, coloca outro mais contestado ainda, Rogério, aí a paciência do torcedor que estava curta evaporou. O problema do Bahia além da falta de variação tática e falta de preparo físico, queremos vê quando Nilton irá disputar com qualidade uma partida de 90 minutos, essa esperteza não só disso, indicar jogadores com qualidade duvidosa em conluio com empresário. Aliado com essa limitação técnica e tática de muitos treinados brasileiros, podemos justificar a dificuldade dos treinadores brasileiros em trabalhar num grande e desejado mercado do futebol mundial que é o Europeu porque estamos em um mundo globalizado e essa fama de esperteza deles corre o mundo.

Agora é imprescindível os torcedores do Bahia saber que até para se demitir tem que saber a hora certa, vide ano passado quando Guto que nem era para vir, foi demitido pouco antes das finais da Copa do Nordeste. Veio Enderson com pouco tempo e perdemos um título e muito dinheiro para uma fraquíssima equipe do Sampaio Corrêa que acabou sendo rebaixada a terceira divisão do brasileiro.

O Presidente do Bahia tem agido de forma correta em defender o treinador, o que muitos torcedores não entendem, isso é uma maneira inteligente de transferir a responsabilidade para o técnico, ou seja, estamos a uma partida que pode deixar de fora o Bahia do fraquíssimo Campeonato Baiano, não tem sentido demitir na véspera da partida, ele tem apoio de grande parte do elenco, aí é dar um tiro no pé, o prazo final dele será o término do Baianão e classificação da próxima fase da Copa do Nordeste, aí se ele não conseguir o presidente dirá que a situação ficou insustentável. Pior é se ele ganhar, mesmo assim deveria ser trocado para o Brasileiro, a torcida do Bahia e seu elenco precisa de um bom treinador.

Jorge Machado, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.

 

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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