Enderson não é o único responsável pelo baixo desempenho do time do Bahia

"O torcedor criou uma expectativa exagerada no começo do ano"

Enderson Moreira e Diego Cerri, no Bahia, em 2018. Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

É notório o descontentamento do torcedor com Enderson Moreira. Não há dúvidas que o técnico vem dando motivos para a revolta da torcida, mas ele não é o único responsável pelo desempenho do time abaixo do esperado. É PRECISO DIVIDIR A RESPONSABILIDADE.

Enderson nunca foi o técnico sonhado pela massa tricolor. Ainda não conseguiu armar o time de forma convincente e, para desespero geral, não consegue fazer as substituições de forma acertada durante os jogos. Demora muito para mexer, demonstrando que não está enxergando o mesmo jogo que a torcida e a imprensa está assistindo.

Um bom exemplo disso foi no BAVI, quando o time dava sinais de cansaço e precisava de uma intervenção, o técnico demorou para agir e, quando o fez, se equivocou. O professor também consegue irritar a torcida com algumas birras mal explicadas. Todo torcedor se pergunta por quê Nilton não é titular ao lado de Gregore? Qual foi a implicância com Régis? Tudo isso mostra a responsabilidade de Enderson, mas entendo que ele não é o único que deve ser cobrado pelos resultados insatisfatórios.

Meus amigos, vamos fazer uma reflexão! Escale o seu time ideal com as peças que temos no elenco, feito? Agora imagine que estamos perdendo o jogo no segundo tempo e precisamos mudar duas peças do ataque, quem você coloca (Fernandão ainda não está pronto)? Isso mesmo, criamos uma expectativa exagerada no começo do ano.



A meu ver, o time desse ano é inferior ao do ano passado e, para piorar, nossa deficiência nas finalizações se agravou com a saída de Edigar. Os jogadores de frente não sabem fazer gol (salve o milagroso Gilberto e nossa joia Ramires). Elber, Rogério, Shaylon, Artur, Guilherme e Clayton não conseguem concluir jogadas. Alguns deles até fazem poeira, mas colocar a bola na rede é outra coisa.

Aqui vou ser um pouco de advogado do diabo, quando Enderson olha para o banco não encontra uma peça capaz de mudar o resultado da partida. Por isso, é preciso cobrar da diretoria que soube fazer muito marketing com as contratações e não se cansa de exaltar a eficiência do DADE, mas os jogadores que chegaram não estão no nível de Edigar Jr e, menos ainda, de Zé Rafael.

Dessa forma, entendo e compartilho da insatisfação com Enderson Moreira, mas ele não é único responsável. Temos que reconhecer que a diretoria não trouxe os atacantes de lado que o time tanto precisa desde o ano passado.

Marcio P. Andrade, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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