Bahia disputa premiação de “Melhores do Ano” na categoria Ação Social

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação EC Bahia

O Bahia aproveitou esta terça-feira (29), data em que é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, para reafirmar a luta do clube pelo que considera primordial: um mundo mais justo, humano e igual. A equipe anunciou que todos as pessoas trans terão o direito de usar seus nomes sociais em qualquer procedimento administrativo relacionado ao clube. A informação foi repassada pelo Site Máquina do Esporte em publicação no final da manha desta quarta-feira, após publicada no site oficial do tricolor de aço na última terça-feira

“Respeitaremos o nome social das pessoas trans, sejam elas sócias do Bahia, sejam elas funcionárias do Bahia, sejam elas torcedoras do Bahia ou sejam elas torcedoras de outros clubes (ou de nenhum). O nome social passa a ser o nome oficial no crachá, na carteira de sócio e onde for necessária a exposição do nome da pessoa”, afirmou o Bahia, em nota.

No texto, o clube chama atenção para o fato de que “mudanças no futebol refletem na sociedade. Mudanças na sociedade refletem no futebol. Futebol e sociedade, portanto, são uma só coisa”.

E segue com uma reflexão: “O futebol amplia a sua razão de existir quando cumpre o papel de geração de bem-estar e transformação da sociedade. O futebol une pessoas, reconcilia conflitos e promove igualdade. Diante do nosso time, assim como deveria ser na vida, todos somos iguais. Por outro lado, também se revela como reflexo da sociedade ao se ser, lamentável e paradoxalmente, um ambiente de reprodução de homofobia, machismo, racismo, transfobia e outras muitas formas de preconceito”.

De acordo com um relatório da ONG Internacional Transgender Europe (TGEU), o Brasil é o país que mais mata travestis e pessoas trans no mundo. O número de assassinatos é três vezes maior que o do segundo colocado na pesquisa, o México. Além disso, por conta de sofrerem agressões e todo tipo de preconceito, cerca de 40% das pessoas trans já tentaram cometer suicídio. A Bahia é o terceiro estado que mais registra mortes violentas de pessoas LGBT.

Vale lembrar que o Bahia está concorrendo justamente na categoria “Ação Social” na premiação de “Melhores do Ano” da Máquina do Esporte. O clube usou o jogo contra a Chapecoense, válido pelo Brasileirão, no dia 4 de novembro, para fazer uma homenagem a 20 nomes no mês em que é celebrado o Dia da Consciência Negra no Brasil. Cada jogador usou o nome de um personagem negro da história brasileira na camisa, como Zumbi dos Palmares e a guerreira Dandara.

Você ainda pode escolher os seus indicados em cada uma das categorias. Basta clicar na foto do preferido neste link. Os três finalistas em cada uma das categorias serão divulgados no dia 10 de fevereiro.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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