Em uma final completamente atípica, porém, cercada por enormes expectativas do mundo esportivo inteiro, os rivais argentinos River Plate e Boca Juniors se enfrentaram neste domingo (09), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, na Espanha, equipamento de propriedade do Real Madrid permitindo a presença de ambas torcidas. Lembrando que para chegar a tal estágio da competição, Boca e River eliminaram os brasileiros Palmeiras e Grêmio, com o clube gaúcho levando uma virada espetacular nos minutos finais mesmo atuando em Porto Alegre.
Inicialmente a decisão da Copa Libertadores da América deveria acontecer em 24 de novembro no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, porém, foi adiado e depois transferido em virtude do comportamento de torcedores do River Plate que receberam o ônibus da delegação do Boca com pedradas, em um fato que repercutiu negativamente para o futebol sul-americano, especialmente para o futebol argentino.
Depois dos fatos lamentáveis, o Boca Juniors ainda buscou a suspensão definitiva do jogo de volta e o título continental sem a realização do segundo jogo, acreditando que encontraria amparo no regulamento, no entanto, a Conmebol, gestora e promotora da competição, após recusar diversas ofertas de diversos países, inclusive seis Estados do Brasil, optou pela realização da final no Estádio Santiago Bernabéu, alegando na ocasião ser Madrid, local ideal por concentrar mais argentinos fora da Argentina.
O River Plate, que venceu a Libertadores em 1986, 1996 e 2015, entrou em campo na busca pelo seu quarto troféu, enquanto o Boca queria sua sétima Libertadores e para empatar com o Independiente como maior vencedor da competição. O Boca foi campeão em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007.
Hoje à tarde finalmente a bola rolou para o super-clássico argentino, sem tumulto, turbulência ou confusão, e após 90 minutos pegados e movimentados, registrou no tempo normal um novo empate (após 2 x 2 na La Bombonera), agora 1 x 1 em Madrid, estendendo a decisão além dos 180 minutos, para mais dois tempos de 15 minutos e aflorando a tensão e dramaticidade do confronto, levando ainda mais emoção aos torcedores e amantes do futebol.
No tempo normal, o Boca inaugurou o marcador com o carrasco palmeirense Darío Benedetto, que marcou 3 gols em cima do Palmeiras nas semifinais (dois na Argentina e um no Brasil) e despachou o time de Felipão que tinha o sonho do bicampeonato. O algoz verde marcou um belo em contra-ataque mortal aos 43 minutos neste domingo, no entanto, o River não se abateu e no segundo tempo igualou o marcador com Lucas Pratto, atacante com passagens por São Paulo e Atlético-MG.
No primeiro minuto da prorrogação, o Boca Juniors perdeu o volante Barríos expulso após levar o segundo cartão amarelo. Visivelmente cansado e com 10 homens, o Boca não conseguiu segurar o empate e aos 3 minutos do 2º presenciou o rival marcar o segundo com Quintero que saiu do banco para mudar a história do jogo e se tornar o herói dos torcedores do “millonarios” que fizeram a festa em Madrid e ainda viram o Boca carimbar a trave, mas se segurou e em contra-ataque mortal e com o goleiro adversário fora do gol, emplacou o terceiro com Pity Martínez fechando a conta e passando a régua.
Com o triunfo em virada espetacular por 3 x 1 (5 a 3 no agregado), o RIVER PLATE sagrou-se CAMPEÃO da polêmica Conmebol Libertadores da América de 2018, levantando sua quarta taça do torneio em uma final ÉPICA que ficará marcada na história da competição não só por reunir os dois maiores clubes da argentina, mas por toda repercussão.
River Plate 1 x 1 Boca Juniors: Veja o gol de empate de Lucas Pratto