Com o pensamento de dever cumprido, o Esporte Clube Bahia se despediu da temporada 2018 – a primeira do presidente Guilherme Bellintani à frente da agremiação. Fora a perda da Copa do Nordeste para o Sampaio Corrêa, maior e talvez a única decepção em 2018, o Esquadrão foi até onde deu nas Copas (do Brasil e Sul-Americana) e no Brasileiro fez uma campanha sólida, de oscilações, é verdade, porém, sem grande sofrimento e garantindo sua permanência com antecedência e uma vaga na Sul-Americana terminando no 11º lugar, sua melhor colocação na era dos pontos corridos.
Com um ano de clube completado, o presidente Guilherme Bellintani, em entrevista nesta quarta-feira ao Globoesporte, comentou os erros e acertos da sua gestão, e evitou fazer uma projeção de títulos para 2019. O treinador falou que gostaria de ter terminado o ano com um só treinador, este sendo um dos erros da temporada. Enquanto os acertos, ele aponta a alavancagem econômica, política de contratações, com índice alto de acerto e fortalecimento do relacionamento com a torcida.
Veja abaixo:
“Não faz projeção de título. No futebol é difícil controlar esse tipo de coisa. Veja que a gente está em um ano com boas colocações, mesmo tendo orçamento muito abaixo da média nacional. Nosso desafio é continuar evoluindo. As vezes a gente encara um adversário muito forte nas oitavas de final de uma competição e é eliminado. As vezes consegue um caminho mais fácil, ou superar uma força teórica de uma equipe e se classificar. Futebol é isso. O que podemos fazer é planejar um elenco mais forte do que tivemos esse ano, um investimento maior, fazer trabalho de ambiente, fortalecimento institucional, de relação com a torcida, presença de público no estádio, para que todo esse ambiente externo nos ajude a ter um 2019 muito bom”
“Primeiro falar dos erros. Gostaria muito de ter começado e terminando o ano com um só treinador. Não foi possível. Espero que em 2019 a gente possa alcançar esse objetivo. Um ou outro erro pontual de contratação, muito abaixo da média nacional e da média do Bahia nos últimos 5 ou dez anos, um índice perto de zero, mas temos que reconhecer alguns. Coisa específica de gestão, que é a não aplicação do núcleo de inovação e tecnologia, especialmente o aplicativo e seus derivados. São os pontos que vejo como fraqueza nesse primeiro ano. Nos pontos positivos, acho que a alavancagem econômica do clube, conseguimos atingir a meta de crescimento financeira orçamentária, a política de contratações, índice alto de acerto, jogadores que contrataria novamente. Fortalecimento do relacionamento com a torcida, especialmente a camada mais popular da cidade, que é muito fanática e sustenta o clube nos momentos mais difíceis, mas estava afastada. Temos um plano para quem ganha menos de R$ 1500, vamos lançar uma camisa popular. Temos uma série de ações que aproximam o torcedor do estádio. Diria também o fortalecimento institucional, o Conselho Deliberativo funciona muito bem, tendo seu espaço respeitado, todas as instâncias do clube funcionando. Hoje o Bahia mostra para o Brasil que é possível, com democracia, transparência, eficiência, fazer um futebol de qualidade”