Os clubes do Nordeste no cenário nacional: Fortaleza brilha em 2018

Os clubes do Nordeste no cenário do Futebol Brasileiro. Fortaleza brilha em 2018

Bahia ainda é o maior representante do futebol do Nordeste

Os clubes do Nordeste no cenário do Futebol Brasileiro. Fortaleza brilha em 2018

Com o TÍTULO inédito do Fortaleza ao conquistar o Campeonato Brasileiro da Série B este ano, além de entrar no seleto grupo de 10 clubes nordestinos campeões nacionais, se tornou o segundo mais importante clube do Ranking Histórico Nacional dos Nordestinos.

O Ranking considera também os vices das competições mais importantes do país!

As pontuações respeitam os critérios utilizados pela CBF hoje, onde:
Títulos = 800 (A), 400 (B), 200 (C), 100 (D) e 600 (CB – Copa do Brasil)
Vice = 640 (A), 320 (B), 160 (C), 80 (D) e 480 (CB – Copa do Brasil)
Observações:

* Alguns asteriscos serão encontrados quando tratarmos do eterno asterisco de 1987 do Sport!

* Módulos Azul e Branco de 1987 não são considerados como segunda divisão nacional pela CBF, então serão ignorados nesse levantamento.

CLUBES NORDESTINOS COM TÍTULOS NACIONAIS



Bahia
Sport
Sampaio Corrêa
Fortaleza
Santa Cruz
CSA
ABC
Guarany-CE
Botafogo-PB
Ferroviário-CE

Levantamento histórico de títulos e vices das competições nacionais vencidas ou sub-vencidas pelos Nordestinos.

SÉRIE A

Bahia – campeão em 1959/1988 e vice em 1961/63
Vitória – vice em 1993
Fortaleza – vice em 1960/1968
Náutico – vice em 1967

SÉRIE B

Sport – campeão em 1987*/1990 e vice em 2006
Fortaleza – campeão em 2018 e vice em 2002/2004
Sampaio Corrêa – campeão em 1972
Náutico – vice em 1988/2011
Santa Cruz – vice em 1999/2005/2015
América-RN – vice em 1996
Vitória – vice em 1992
CSA – vice em 1980/1982/1983/2018
Campinense – vice em 1972

SÉRIE C

Sampaio Corrêa – campeão em 1997 e vice em 2013
ABC – campeão em 2010
Santa Cruz – campeão em 2013
CSA – campeão em 2017
CRB – vice em 2011
ASA – vice em 2009
Bahia – vice em 2007
Vitória – vice em 2006
América-RN – vice em 2005
Fluminense de Feira – vice em 1992
Santo Amaro-PE – vice em 1981
Fortaleza – vice em 2017

SÉRIE D

Guarany de Sobral – campeão em 2010
Sampaio Corrêia – campeão em 2012
Botafogo-PB – campeão em 2013
Ferroviário-CE – campeão em 2018
Santa Cruz – vice em 2011
River-PI – vice em 2015
CSA – vice em 2016
Globo-RN – vice em 2017
Treze-PB – vice em 2018

COPA DO BRASIL
Sport – campeão em 2008 e vice em 1989
Vitória – vice em 2010
Ceará – vice em 1994

RANKING (CONSIDERANDO OS VICES)
1º – Bahia – 3040
2º – Fortaleza – 2480
3º – Sport – 2200**
4º – Vitória – 1600
5º – CSA – 1560
6º – Náutico – 1280
6º – Santa Cruz – 1240
7º – Sampaio Corrêa – 860
8º – Ceará e América-RN – 480
9º – Campinense – 320
10° – ABC – 200
11º – CRB, Fluminense de Feira e Santo Amaro-PE – 160
12º – Guarany de Sobral, Botafogo-PB e Ferroviário-CE – 100
13º – River-PI, Globo-RN e Treze-PB – 80

* Foi considerado como título da Série B, mas até isso é polêmico, pois não teve vencedor na final oficial contra o Guarani! Os pênaltis terminaram com empate em 11×11, com os dois clubes, em consenso, se declarando campeões (?!), e finalizando com bagunça o que já começou bagunçado. Semanas depois, sob risco de punição por parte da CBF, um dos clubes deveriam abdicar do título, cabendo ao Guarani essa decisão. Os jornais Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio informam que no dia 22 de janeiro de 1988 o Guarani abriu mão do título. Seria a primeira vez, então, que o Sport iria à Justiça Comum. Restou à CBF, acatar decisão de 1ª Instância da 10ª Vara Federal, e declarar o Sport campeão do que chamaram de Módulo Amarelo.

Nesse Ranking, apesar de defendermos os interesses do Nordeste, precisamos considerar apenas os resultados de campo. Na análise de todo torneio, que ainda contou com desistência de um clube no meio do caminho, concluímos que o Sport teve melhor campanha geral, o que determinou, para a gente, a confirmação do título e a pontuação (400pts) para o Sport.

Nota:
O imbróglio posterior, sobre o Sport ter sido campeão da Série A, sequer analisamos, pois tudo foi uma questão de decisão judicial e não futebolística. Consideramos apenas resultados em campo e, para qualquer efeito, sempre vamos considerar a Copa União 87 (que teve reedição em 88, ou seja, foi oficial), como principal torneio do Brasil daquele ano.

Teve os principais clubes do Brasil presentes, Flamengo e Internacional na final, e título incontestável para o Flamengo.

Os clubes estavam lá sob aprovação e permissão da CBF, que abdicou de fazer o campeonato brasileiro daquele ano, alegando falta de verbas. O Clube dos 13 então organizou o principal campeonato do país junto com a Globo e Coca-Cola.

Vendo o sucesso financeiro do Campeonato, a CBF se juntou ao SBT para criar um campeonato paralelo e competir com a Copa União. Surgiu então o Troféu Roberto Gomes Pedrosa (não confundir com o Torneio Roberto Gomes Pedrosa disputado entre 67 e 70), e juntaram alguns clubes do segundo escalão nacional para isso. Mas o torneio seguia marginalizado. E a CBF teve uma ideia que mancharia eternamente a história do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Como detentora das vagas para a Libertadores, a CBF utilizou desse recurso para forçar os clubes da Copa União a disputar o que chamaram de Quadrangular Final, onde os dois primeiros colocados dos Módulos Verde (Copa União – Série A) e Módulo Amarelo (Troféu Roberto Gomes Pedrosa – Série B) se enfrentariam para decidir os representantes da torneio intercontinental e, de quebra, o título de campeão e vice do Brasileiro de 87. Logicamente foi rechaçado por todos os representantes dos 16 clubes.

De repente, numa estranha movimentação de bastidores, Eurico Miranda, do Vasco, viria a assinar essa aceitação sem qualquer consentimento ou conhecimento dos outros 15 clubes. Posteriormente esse mesmo diretor, apesar da rivalidade, viria à público reconhecer que apenas o Flamengo deveria ser campeão! Mas o estrago já estava feito!

Essa manobra abriu brechas para o que viria a ser uma das maiores polêmicas da história do Campeonato Brasileiro. O Sport iria seguidas vezes à Justiça Comum pedir reconhecimento desse título do Quadrangular Final, como sendo Título de Campeão Brasileiro, e a CBF terminaria por ser obrigada a reconhecê-lo como único campeão brasileiro daquele ano. Anos depois, porém, a CBF decidiu declarar os dois como campeões. Aí até o São Paulo, visando adquirir a Taça das Bolinhas por se considerar o primeiro Pentacampeão conquistou isso primeiro, se considerada a Copa União), entrou na briga. Até hoje esse ASTERISCO se mantém vivo. Uma mancha na história da competição.

** Se considerado o asterisco de 87 do Sport como título da Série A, pontuação do clube chegaria a 2600, superando a segunda colocação do Fortaleza.

Giorgio Sérvius Amigo e parceiro do Futebol Bahiano

 

 

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Autor(a)

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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