Com o intuito de ajudar os ídolos que passam por problemas financeiros, o Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia aprovou de forma unânime, em reunião realizada na última semana, o programa “Dignidade ao Ídolo”, que consiste em oferecer auxílio, de um até três salários mínimos por mês, a ex-jogadores em dificuldade extrema, com alguns poréns. Iniciativa fantástica para ajudar aqueles que contribuíram para fazer do Bahia um clube GIGANTE, e que deve servir de exemplo para que outros clubes façam o mesmo.
O presidente Guilherme Bellintani explicou em entrevista do portal UOL Esporte, nos mínimos detalhes, como que funcionará o programa que foi uma de suas promessas em sua campanha eleitoral – ele está na função desde o início deste ano. Ainda segundo o mandatário, o benefício para cada ex-jogador dependerá de uma aprovação do Conselho Deliberativo, que avaliará dois itens em questão: a sua condição de ídolo do clube e a sua real necessidade financeira.
Veja abaixo o esclarecimento do presidente do Bahia sobre o novo programa:
“Eu não tenho nenhuma notícia de outro clube que fez isso. Provavelmente nós somos o primeiro. O que o Bahia está promovendo agora é uma política institucionalizada de auxílio aos ídolos que tenham dificuldade financeira extrema. Muitas delas relacionadas a limitações recorrentes de problemas de saúde e da própria velhice. É quase sempre assim. A pessoa não consegue trabalhar, está impossibilitada, ou já está numa idade muito avançada. Tem duas variáveis subjetivas que estarão sob análise”
“A primeira delas é a condição de ídolo. Quem é ídolo do Bahia? Ele tem que ser caracterizado como ídolo. E a segunda: caracterizado como ídolo, cabe ao Bahia, naquele fato, uma ajuda financeira? Porque a gente tem que atestar a situação extrema, não desconfortável. Essas duas análises serão feitas pelas comissões do Conselho Deliberativo. Usamos a expressão extrema porque não é qualquer dificuldade. Vai ser analisado caso a caso”
“É bom lembrar que os ídolos que hoje estão envelhecendo jogavam em uma época em que os jogadores não tinham planeamento financeiro nenhum, não ganhavam bem e não puderam se estruturar. Inclusive tinham um nível educacional muito menor. Não se prepararam para o pós carreira esportiva. É um problema bem razoável”