Na sexta-feira, o atacante Jobson deixou a cadeia em Paranã, no interior do Tocantins, onde estava preso sob acusação de estupro e responderá em liberdade à acusação de ter participado do estupro de mulheres menores de idade durante uma festa em 2016. Livre, não tão leve, mas solto. O jogador pretende voltar a jogar profissionalmente, já que a suspensão imposta pela FIFA já encerrou, então, nada o impediria. Apenas não pode frequentar festas ou barzinhos.
Hoje com 30 anos, o atacante, com passagem pelo Bahia em 2011, já tem um clube interessado em contar com os seus serviços. Trata-se do Remo, de Belém, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, e será o adversário da Juazeirense neste sábado. Quem confirmou a informação foi o próprio diretor de futebol do clube, Milton Campos e revelou que já iniciou as conversas com os representantes do atleta ainda em fevereiro e não esperava que ele pudesse estar em liberdade tão cedo.
“Antes de dar prosseguimento às conversas preciso saber o que pensa o Givanildo Oliveira. O Jobson é um atleta que se quiser jogar bola, e a cadeia tiver feito seu papel de ressocialização, pode ser útil. O jogador saiu hoje, precisamos ouvi-lo, saber como está o estado emocional dele. Mas isso só acontecera se o treinador quiser contar com o atleta. Se ele for julgado e condenado, vai pagar pelo crime. Mas ele não é réu confesso e está contestando a acusação. Pelo princípio da presunção de inocência, ele não é culpado”, afirmou o cartola.
Já os advogados de Jobson, afirmam que ele está tranquilo e disposto a voltar a jogar futebol.
“Ele está muito bem, tranquilo e disposto. Ele deve estar apenas uns cinco quilos acima do peso dele no auge. É um cavalo puro sangue. Um jogador de futebol como ele, quando voltar à forma física, vai arrebentar de novo porque ninguém esquece como se joga futebol”, disse o advogado Josenildo Ferreira que, ao lado de Giselle Duarte e Joás Gomes, cuida da defesa do atacante.
Jobson foi contratado pelo Bahia em 2011, na época fez um enorme sucesso pelo empenho e vocação para marcar gol. No entanto, envolvido com problemas de indisciplina e péssimo relacionamento com outros jogadores, deixou o clube três meses depois sendo que naquele momento era o artilheiro do time treinador pelo técnico Renê Simões no Campeonato Brasileiro com 6 em 14 jogos.
Ele começou a carreira no Brasiliense e nos primeiros passos no futebol, já indicava o surgimento de um jogador diferenciado, porém, bastante problemático. Passou por Botafogo, Jeju United, da Coreia, Atlético-MG, Grêmio Barueri, São Caetano e Al Ittihad da Arábia Saudita. Sua última partida foi em 2015 pelo Botafogo.