A advogada do Vitória, Patrícia Saleão, usou dos mesmos argumentos utilizados no primeiro julgamento para defender o clube de ter forçado uma quinta expulsão para encerrar o clássico BA-VI. Em julgamento que acontece esta noite na Procuradoria do TJDF-BA no Tribunal Pleno, a advogada reafirmou que não há provas de que o clube tenha propositalmente encerrado o jogo e destacou que o técnico Vagner Mancini passou orientações para o goleiro Fernando Miguel fazer cera. Ela também criticou o laudo pericial apresentado pelo Bahia, que diz ser tendenciosa.
“O Vitória apresentou vídeos para provar que não houve nenhuma conexão do que o treinador falou para Ramon. Não há nenhuma conexão. Ramon vai diretamente ao goleiro. Não há contato com Bruno. Isso está demonstrado na prova de vídeo. Mancini passou orientação para o goleiro fazer cera. Se ele pede para fazer cera, é uma tentativa de encerrar a partida? Não há provas, conexões sobre orientação para a expulsão. As leituras labiais quiseram colocar uma fala que jamais existiu. Bruno Bispo é um atleta jovem, de pouca experiência, estava em situação de pressão, foi uma partida complicada depois dos atos de violência. O laudo pericial apresentado pelo Esporte Clube bahia, que tem interesse. Não desmerecendo quem elaborou, esse laudo não é isento, não é imparcial. Não foi determinado pelo presidente do órgão. Uma perícia trazida por uma parte é tendenciosa”, disse.