“Quero fazer carreira como profissional; não como político” Diz Marcelo Sant’Ana

“Sou grato à torcida do Bahia pela oportunidade única. Busquei sempre fazer o meu melhor”

A ida do presidente ex-presidente do Bahia Marcelo Sant’Ana para o Atlético-PR inicialmente foi tratado até com certo deboche por alguns torcedores do Bahia, tratava-se de boatos de gente que não tem o que fazer, diziam alguns, pois é, hoje é um assunto sacramentado e apenas não anunciado barrado pelas questões dos detalhes finais da papelada, como salários e durante de contrato.

A proposta do Atlético-PR segue o modelo tradicional inglês. Marcelo Sant’Ana no cargo de CEO – principal cargo executivo. Ele trabalhará em parceria com o holandês Seedorf, que será o manager, ou seja, gerente do departamento de futebol e técnico da equipe principal

Nesta segunda-feira, o Marcelo Pereira deu entrevista a imprensa do Paraná quando afirmou que ainda não teve contato com Seedorf.

“O Petraglia (presidente do Conselho Deliberativo do Atlético) me explicou seu conceito e debatemos um pouco a ideia e o papel de um manager no futebol e o impacto na cultura brasileira”, disse.

“Inovação é uma característica rara e que valorizo. O futebol brasileiro é excessivamente conservador. Mudar é, sem dúvida, o mais difícil. Mas os desafios são motivadores”, explicou.

Pelo convite do Atlético, Sant´Ana terá atribuições além da gestão no futebol. Também cuidará da relação com a torcida, dos planos de sócios e de estratégias de gestão em geral.

Sobre o Bahia, Sant’Ana explicou como poderá ficar a relação com o clube que presidiu e é torcedor. “Sou grato à torcida do Bahia pela oportunidade única. Busquei sempre fazer o meu melhor. Mas questões familiares e o desejo de me aprofundar na gestão esportiva me fizeram não buscar a reeleição. O cargo de presidente tem forte apelo político. Eu prefiro a administração técnica. Quero fazer carreira como profissional; não como político”, argumentou.

O dirigente é conselheiro do Bahia, mas não vê conflito ético. “A chapa que integrei fez 42 de 100 conselheiros. Como curiosidade, a segunda mais votada fez 12 cadeiras. Mais uma vez, agradeço a confiança no trabalho. Hoje, eu sou conselheiro e desempregado. Então não tem conflito de interesses. Caso trabalhe em outro clube brasileiro, entendo que pedir licença é eticamente o correto. Evitaria qualquer mal estar”, disse.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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