Série A: Nordeste bate recorde: Bahia o único que se respeitou

Da área, apenas o Bahia não sofreu, fez jus o status de campeão da região o que significa respeito aos seus torcedores.

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Campeonato Brasileiro da Série B foi duro para o nordeste em 2017. Dos quatro rebaixados para Série C, três foram da nossa região. Náutico, Santa Cruz e ABC, em contrapartida, CSA, de Alagoas, Sampaio Corrêa do Maranhão, Fortaleza do Ceará saíram da Série C para a Série B e as ausências foram equacionadas no tamanho exato, ainda que o prejuízo fosse mantido.

Já na mais importante divisão do futebol brasileiro as ameaças eram enormes. Na última rodada havia o risco de rebaixamento de dois dos nossos clubes. Sport-PE e Vitória lutaram até a última rodada ora rezando, ora chamando por mamãe, o Leão, foi além, quando precisou de um gol nos acréscimos lá em Chapecó para sobreviver, enquanto o Sport-PE, numa arrancada final e quase milagrosa se manteve na divisão batendo no Corinthians reservas por 1 x 0.

Porém, ambos saíram repletos de arranhões e cicatrizes e o carimbo estampado na testa acusando uma incompetência nua e crua, notadamente o Esporte Clube Vitória, que sofreu e fez sofrer os seus torcedores durante todo o campeonato sem trégua ou pausa, especialmente quando atuando no Barradão que através de  hipnose ou mágica, foi transformado em uma das mais legitima e autentica casa de Mãe Joana aberta 24h/dia na Rua Artêmio Castro Valente, no Bairro de São Marcos, ainda sem número.

Da área, apenas o Bahia não sofreu, fez jus o status de campeão da região o que significa respeito aos seus torcedores. Apesar do ceticismo inicial para as tais contratações de jogadores “ De potencial de crescimento” que gerou desconfiança, a política do clube atendeu perfeitamente os anseios da torcida e as promessas da direção naquilo que foi chamado de campanha segura.

Não houve sofrimento, uma marca registrada dos nordestinos na elite do futebol nacional e vista com o Vitória e Sport-PE neste ano. O tricolor se garantiu na elite do Brasileirão por antecedência quando terminou o Campeonato na 12ª colocação e só não foi além, pela demora da direção em contratar um técnico de verdade. Inicialmente optou por utilizar uma proveta para transformar Preto Casagrande em técnico e só depois do atraso, decidiu contratar Paulo César Carpegianni.

Mas todos estão vivos e com o acesso do Ceará, o futebol nordestino estará mais que nunca representado elite do Brasileirão de 2018. Pela 1ª vez na história, a região terá quatro representantes na Série A, o máximo possível até hoje, foram três times e em oito oportunidades. Quatro jamais no formato atual.

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Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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