Eleições do Vitória: Ricardo David promete gestão profissional

Depois de encerrado processo das eleições do Esporte Clube Bahia com Guilherme Bellintani vencendo pleito com enorme tranqüilidade, inicia-se quase que imediatamente processo semelhante com o Esporte Clube Vitória que na próxima quarta-feira dia 13 de dezembro definirá o novo Presidente e Vice-Presidente do Conselho Diretor do clube após um período turbulento com a eleição de Ivan de Almeida que renunciou ao cargo antes mesmo de completar o seu primeiro ano de governo.

Concorrem ao cargo de presidente do Vitória, até então, para o biênio de 2018/2019, os rubro-negros, Ricardo David, o inoxidável Raimundo Viana, Manoel Matos, Tiago Ruas e Gilson Presídio, sendo a grande novidade, creio eu positiva, com retorno do ex-presidente Paulo Carneiro, agora como diretor de futebol na chapa encabeçada por Manoel Matos. No minimo vai dá o que falar pelo seu jeito veemente em defender as cores do Vitória. Vejo como positiva o retorno de Paulo Carneiro que acredito que tenha serviços de relevância prestados ao Leão.

Nesta Domingo, jornalista Juliana Lisboa, do Jornal A Tarde, endereçou perguntas ao candidato Ricardo David que é considerado por muitos com o grande favorito para vencer as eleições. Foram abortados temas importantes como contratações, gestão profissionalizada, patrocínios e os assuntos relacionados.

Qual é o seu diferencial?

Todo processo de mudança requer uma liderança. Essa diretoria foi uma junção de vários líderes que não conseguiram dar uma identidade. Eu entro com este viés de uma gestão profissional liderada por uma pessoa com mais de 30 anos de experiência no esporte. Já fui diretor de planejamento do Vitória, diretor marketing, passei os últimos dois anos me especializando na área do futebol, fazendo cursos preparatórios em clubes com metodologias vencedoras implantadas.

Espera ou planeja manter algo dessa gestão?

Não existe a política de terra arrasada. O Vitória passou por uma reforma política muito importante. A implementação das eleições diretas, do conselho proporcional, ou seja, foram conseguidos avanços a nível de implantação de um novo poder político. O que faltou a esse grupo que assumiu foi o projeto de futebol. O Vitória é um clube de futebol, e se entregou a gestão do futebol para um homem só. Existe uma complexidade, várias áreas que se interligam, como a área médica, de fisioterapia, de análise de informações, onde você reúne dados de atletas que estão em atividade com uma visão qualitativa, e você também quantifica o desempenho do atleta… Tem que ser uma equipe, não se pode deixar tudo na mão de uma pessoa só.

Como avalia a situação financeira do clube?

Não tenho ainda os números absolutos. Mas não vejo um grande problema. As receitas do clube, que vêm de patrocinadores, cotas de televisão, continuam. A Caixa já deu uma sinalização de que vai manter o patrocínio em 2018. Precisamos buscar novos patrocinadores, novas receitas do programa de sócio torcedor. Temos o Sport de Recife com 40 mil sócios. No Vitória, temos menos de 10 mil. Eu digo que a gente deveria ter, pelo menos, uma situação igual à do Sport. E se você sai de 8, 9 mil sócios para 40 mil sócios é óbvio que você tem um aumento de receita. Vamos, também, buscar licenciar a marca do Vitória.

O que acha do elenco e comissão técnica, e como pretende contratar?

Alguns profissionais que estão encerrando com o Vitória não nos interessam. Outros estão passando por uma fase final de avaliação e podem ficar. Obviamente que os contratos vigentes serão cumpridos ou negociados. Nesse caso serão os atletas que têm contrato até o final de 2018, 2019, e que não estão nos nossos planos. Queremos buscar uma solução inteligente de se resolver essa questão para os dois lados. Estamos em processo de avaliação de atletas. Queremos formar um elenco não da maneira que foi formado o deste ano, de uma maneira assoberbada, sem planejamento. Vamos, sim, partir para o mercado, buscar os talentos, mas vamos fazer isso de maneira planejada.

Quais são os planos para o futebol feminino e esportes olímpicos?

Temos três que daremos maior destaque: o remo pela nossa tradição; o basquete, pelo crescimento do esporte no Brasil e por chegarmos à semifinal do NBB. Queremos fortalecer a parceria com a Universo. E o futebol feminino, assim como futebol de quadra, handebol, pela questão social. Buscaremos recursos do Ministério do Esporte que estão disponíveis, que já estão sendo utilizados por outros clubes, só precisamos fazer uma adequação no estatuto.

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Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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