Infelizmente, o resultado do jogo contra o Sport não foi imprevisível, considerando a “folha corrida” do Vitória. O Sport há nove jogos que não vencia e o nosso rubro-negro é famoso na ressurreição de perdedores e além do mais não vinha jogando bem no Barradão. A estatística lhe condenava.
Não podemos deixar de reconhecer que o resultado foi péssimo e também para o Bahia, pois o Sport em queda, para a segundona, se oxigenou. Na verdade, esta parada incompreensível e desnecessária, por causa de uma já classificada Seleção, foi benéfica aos pernambucanos, pois tiveram muito tempo para estudar as táticas do Mancini, como ressaltou o Luxemburgo.
Desta vez o Mancini pecou ao “telegrafar”, antecipadamente, para Luxemburgo, que, por causa dos estupendos resultados fora, iria manter a mesma tática, no Barradão, feijão com arroz, defesa e contra-ataque. Deveria ousar e surpreender, pois nem sempre este “binômio” iria dar certo. Se o Vitória triunfasse, iria acumular uma boa gordura. Essa derrota absurda sangrou bastante. Um cochilo a mais e pontuação dos concorrentes novamente pode estar no z4.
Kanu faz falta, porque o Mancini descobriu uma nova posição para Ramon. Este se tornou o zagueiro dos zagueiros. Verdadeiro para-choque. No Barradão, mesmo com resultados anteriores desfavoráveis, o Vitória tem que fazer o que todos fazem: atacar, atacar.
Continua o Vitória com amplas possibilidades de fugir do rebaixamento, não só por ele, mas pelos concorrentes e são muitos.
Já escrevi aqui. O psicológico sempre protege. Quando o mandante vem atuando bem, o visitante já chega sabendo que não é favorito; treme e busca o empate. Quando no caso do Vitória, que em todo campeonato tem números inéditos, impressionantes e inacreditáveis com somente três triunfos em casa, fortalecem-se os visitantes que se revigoram e se transformam em favoritos e passam a não respeitar o dono da casa. Acho que a direção deveria buscar urgentemente apoio de uma equipe multidisciplinar, para o respaldo necessário, visando saneamento desta desagradável ocorrência.
Vibrem os atabaques da umbanda e do candomblé e lá na colina sagrada, uma fita vermelha e preta ao Senhor do Bonfim, para que o Barradão volte a ser o que sempre foi.
Atahualpa – Amigo e colaborador do BLOG