Os profetas do apocalipse e as suas profecias estão se confirmando. Muitos falam a velha máxima de uma desenho que me irritava muito: “Mas eu te disse, eu te disse”. Tais profetas entre seus maus agouros e profecias nefandas também foram capazes de vibrar com o Bahia campeão do nordeste e os torcedores do Vitória com a mesma predisposição dos profetas tricolores também se alegraram com o Vitória campeão baiano.
Eles realmente são “especiais”. Conseguem ver o que ninguém vê, e apontam erros desde o nascimento do clube com a realidade atual esportiva. É verdade também que não predicam sobre o sucesso. É sempre a mesma cantilena sobre muitos erros, desarranjos e catástrofes baseadas nas suas intuições super “realistas”. Aliás, com um realismo que se alia a um subjetivismo e ego não terrenos que faz com que todas as luzes devam se projetar sobre eles. Todos são também puros e se todos se espelhassem ao que ele “faz” e diz o mundo estaria melhor.
Como vocês sentiram eu usei da ironia e até sarcasmos contra os profetas. Tem um ditado popular que alerta o torcedor contra as profecias dos profetas: “Quando a onça morre todos são caçadores”. Esse problema da mente humana e o negativismo é parte da visão consequencialista. Mas, será que tais profecias ruins são necessárias para alertar os mais ingênuos? Na verdade, não. O otimismo é um fenômeno que nos faz avançar na vida, no esporte, no trabalho e no amor. É um milagre da criação e seleção natural o otimismo que faz a humanidade crescer.
Por isso, torcedor de futebol não se associa ao clube que ama, assim homem ciumento acredita que tratando mal sua mulher ela assim o reconhecerá como superior. Os apocalípticos não acreditam em projetos porque não querem ser vidraça. O mundo destes seres precisam estar sempre “certos” e nada melhor que cultivar o negativismo por medo do sucesso de arriscar em acreditar que pode ser diferente. Vejo isso muito nos torcedores de futebol quando vão ao jogo de futebol para xingar os jogadores.
Difícil é fazer futebol no nosso estado. Pois, o torcedor baiano quer ser protagonista de um futebol avançado mas não quer nenhum ônus de batalhar internamente pelos seus clubes dando um pouco de seu tempo. O futebol é também um momento político em que na prática hoje principalmente no Bahia vislumbramos uma cultura democrática. Acredito que se esqueceram de dizer que a democracia é o governo da liberdade, mas a liberdade exercida com consciência de deveres bem claros quanto a necessidade de não precipitarmos essa liberdade para sua degeneração demagógica dos “salvadores da pátria”.
O Bahia é campeão o nordeste e irá lutar para não cair, mas o apocalipse certamente não vai fazer sua presença no Bahia. Podemos ir além disso! Temos um bom elenco. Tivemos reveses a princípio por contusões, suspensões, troca de técnicos e arbitragem. Mas, nada é possível de tirar o bom futebol que o Bahia vem jogando e colocá-lo já como candidato a cair de divisão. O tricolor tem qualidades para sair do lugar atual e jogadores competentes que acertarão o gol no tempo certo.