“Futebol não é coisa para pobre e sim para rico”

O futebol hoje é dia tem uma nova realidade. Saímos dos Estádios quase sempre mal conservados para Arenas modernas como serviço vip em alguns setores. Os preços acompanharam os avanços, ingressos com valores populares já não existem, pelo contrário, o que existe é uma determinação da CBF estabelecendo um valor mínimo. Agora não pode chamar ninguém de bicha, viado e coisa, ( maltratar a mãe do juiz ainda está franqueado o direito à vontade), mas caminhando para bater palmas e não gritar nos gols e a figura dos torcedores segue em processo de extinção para criação dos fás do futebol no novo modelo do futebol. 

Outro dia publicamos aqui que o Internacional de Porto Alegre aprovou uma modalidade de sócios custando 10 reais, algo por ai, já não recordo com exatidão, no entanto, para o torcedor se habitar terá que necessariamente está incluído em um dos programas do governo, tipo: bolsa família, vale-gás e benefícios do gênero, sugerindo a criação do vale-gol, vale-pelada, não se sabe o nome que será denominado

Ontem no jogo do Vitória contra o Palmeiras, tivemos um público de 36.263 torcedores que rendeu bruto R$ 2.717.846,15 indicando que o preço médio dos ingressos custaram R$ 77.00 ou algo assemelhado, logo, pé duro ( como eu) ou orelha seca (como eu tbém) só poderia vê meu time uma vez ao ano.

Hoje à tarde estava observando as noticias do Atlético-MG em busca de informações de como anda para enfrentar o Bahia no Estádio Independência em Minas na quarta-feira e lá encontro o artigo no site Superesportes que trata exatamente acerca dos valores do ingressos. Segundo o site, os mineiros, têm reduzido presença a nos estádios. Levantamento feito as médias de público de Atlético e Cruzeiro não encheriam, por exemplo, o Mineirinho.

FUTEBOL É para rico

Adiante, afirma que um projeto de lei (PL) que propunha que 30% dos ingressos de eventos esportivos em Belo Horizonte fossem vendidos a preços populares até chegou a tramitar na Câmara Municipal, mas foi vetado pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS).


O ex-presidente do Atlético e atual chefe do Executivo da capital mineira vetou o projeto em 24 de fevereiro e, em recente entrevista ao jornal El País, o prefeito de Belo Horizonte justificou o veto. “No mundo inteiro, futebol não é coisa para pobre. Doa a quem doer. Ingresso é caro em todo lugar. Torcida dividida e entrada a preço de banana estragada só existem no Brasil. O Atlético coloca ingresso a R$20 e não lota o estádio. Futebol não é publico, não é forma de ajuda social”, declarou o ex-cartola.

Em outras oportunidades, Alexandre Kalil também defendeu ingressos com preços inflacionados, como no programa “Fox Sports Rádio”, do canal por assinatura Fox Sports, em 15 de dezembro de 2014, quando também afirmou que “esporte era coisa de rico”.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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