A diretoria do Bahia prestou homenagem neste sábado no triunfo sobre o Ceará ao mestre Evaristo de Macedo, técnico do time campeão brasileiro de 1988, que contou com a presença dos campeões brasileiros que formaram aquele timaço que surpreendeu e encantou o Brasil. Contudo, a homenagem alegrou alguns e entristeceu outros, principalmente um nome de “peso” naquela conquista, o ex-presidente Paulo Maracajá, que aproveitou os veículos de comunicação para desabafar e alfinetar o seu primo, o presidente Marcelo Sant’Ana, que começou a “engatinhar” dentro do clube com a ajuda de Maracajá.
O ex-mandatário, que esteve à frente do tricolor na conquista nacional de 88 além de mais cinco estaduais, soltou o verbo, revelou que recebeu convite para participar da homenagem através dos ex-atletas e do presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, lembrou da época em que indicou Marcelo Sant’Ana (ou Pereira) para conselheiro, exigiu respeito e fez um desafio ao atual presidente do Esporte Clube Bahia: “Seja campeão brasileiro e heptacampeão baiano, pois só depois disso você vai poder discutir comigo em pé de igualdade”.
Veja a entrevista completa:
“Me lembro dele (Marcelo Sant’Ana) indo com a mãe e o pai na minha casa. A mãe dele é uma excelente senhora, minha amiga, pessoa da melhor qualidade. Frequentava minha casa. O pai dele da mesma forma. Infelizmente perdi o contato com ele. O pai e a mãe tiveram lá em casa uma certa vez, sem ele, e pediram para eu colocar o Marcelo (Sant’Ana) como conselheiro do Bahia. Eu coloquei. Mas, tomei um susto quando ele falou, depois de eleito, que não queria que o chamassem de Pereira, queria que só o chamassem de Marcelo Sant’Ana. Sou Paulo Virgílio Maracajá Pereira. Quando ele foi eleito, ele tinha que trabalhar pelo Bahia e deixar Maracajá de lado. O avô dele é irmão de meu pai. Não entendi muito isso e me decepcionei. Quando vem me atingir, não posso ficar calado. Não é justo você ser um comandante de muitos e muitos anos do Bahia e vir querer tirar seus méritos. O que fiz pelo Bahia não vai ser apagado. Ele é ingrato. Trouxe Evaristo para cá, deu uma relação à Federação de quem poderia entrar na homenagem. Colocaram apenas o técnico e atletas. Bobô e João Marcelo que vieram me convidar, falar que me colocariam para dentro. Eu não quis. Ednaldo Rodrigues também me ofereceu o camarote dele para eu assistir à homenagem. Agradeci a ele e também neguei. Não desejo nenhum mal a ele. Quero o bem do Bahia e que o Bahia suba. Mas, exijo respeito da parte dele. Quero que ele procure saber da senhora mãe dele e do senhor pai se o que está fazendo comigo é correto. Aproveito para mandar um recado a ele. Marcelo Sant’Ana, seja campeão brasileiro e heptacampeão baiano, pois só depois disso você vai poder discutir comigo em pé de igualdade. Até hoje, o único que poderia discutir comigo em pé de igualdade era Osório Vilas Boas, que já morreu”