No próximo dia 10 de dezembro, os sócios-torcedores irão escolher o novo conselho deliberativo do Esporte Clube Vitória. Desde que foi criado o programa SMV, esta será a primeira vez que ocorrerá uma disputa – e não apenas a insossa aclamação. Óbvio que este processo eleitoral não é o ideal. Longe disso.
O atual estatuto, que rege o pleito, é extremamente elitista, com obstáculos das mais variadas espécies à efetiva participação do torcedor. E, óbvio, não há democracia sem a efetiva participação da torcida nos destinos do Clube. É fundamental que o estatuto seja modificado.
Porém, neste momento, o essencial é garantir que este documento, o estatuto, não seja rasgado, pois senão até mesmo esta insuficiente eleição estará ameaçada. E o fato é que, apesar de todos realizarem juras de amor à democracia, mais uma vez há fortes indícios de que alguns, que sempre estiveram na trincheira do retrocesso, continuam conspirando para impedir as conquistas. Os rumos e rumores dos últimos dias no processo eleitoral do nosso Esporte Clube Vitória são extremamente preocupantes e indicam que o tumulto continua sendo a estratégia dos que não desejam nenhuma transformação.
Porém, queiram eles ou não, a mudança virá. Aliás, temos a clareza de que algumas batalhas já foram vencidas. Simbolicamente, por exemplo, existe uma vitória importante, pois todas as chapas se apresentam enquanto defensoras da democratização. No entanto, mais do que simbolicamente é preciso garantir avanços reais. E isto se constrói com batalhas cotidianas. É preciso, necessário e fundamental que seja respeitada a lista pública de votantes, assim como o calendário já estabelecido para a votação no próximo dia 10 de dezembro.
Exatamente por termos esta convicção é que estamos lançando este manifesto para impedir quaisquer retrocessos. Afinal, retroceder no que já é ruim é completamente inadmissível. Prezar e lutar por um Vitória democrático é pavimentar a estrada para um clube transparente e profissionalizado, cuja sustentação e razão de ser são o respeito e valores forjados nos laços estabelecidos com seus torcedores.
Então, nós, abaixo-assinados, que não pertencemos a nenhuma das chapas, vimos a público repudiar qualquer manobra para inviabilizar o processo eleitoral e reafirmar nosso compromisso com a democracia. Além disso, convocamos a imprensa para que contribua efetivamente no processo de fiscalização, ao tempo em que conclamamos os líderes das chapas e seus integrantes a apoiarem, colocando seus nomes neste documento, o efetivo processo de democratização, com a implantação de eleições diretas no nosso Clube.
Documento publicado originalmente pelo Site Arena Rubro-Negra