Muriel salva e Bahia arranca ponto PRECIOSO do Náutico

Tentando se aproveitar do empate do Brasil-RS e da derrota do Londrina, o Bahia visitou o Náutico na Arena Pernambuco, jogo em que só os 3 pontos interessavam para colocar a equipe dentro (em caso de uma junção de resultados) ou muito próximo do G-4. Porém, apresentando um futebol apagado, sonolento, daqueles que dificulta até o torcedor de se manter acordado, diga-se o meu amigo Dalmo Carrera que cochilou boa parte do jogo, o Esquadrão praticamente não jogou, principalmente na segunda etapa onde tomou um sufoco jogando com 10 homens desde os 23 minutos, mas graças a atuação grandiosa de Muriel, nome do duelo e autor de belas defesas, garantiu 1 ponto PRECIOSO diante da apresentação pífia do Tricolor, que mantém a invencilidade agora de 6 partidas e estaciona na 7ª colocação da Série B ainda aguardando o complemento da rodada para decidir se lamenta ou comemora, sendo obrigado a secar Ceará e CRB para não deixar os concorrentes se distanciarem novamente.

 
O Bahia fez um primeiro tempo muito abaixo do esperado, visivelmente sentiu a ausência do meia Renato Cajá, de um jogador para pensar e cadenciar o jogo, distribuir a bola e fazer a transição defesa/ataque. Régis, escalado para fazer essa função apesar de não ter as mesmas características, dormiu em campo, em virtude da falta de criação, vimos o atacante Hernane mais uma vez pouco acionado e apagado em campo e um time com o freio de mão puxado, mais conservador e apostando nas ligações diretas. A melhor chance do jogo esteve nos pés do meia Renan Oliveira que livre parou na defesa precisa e de puro reflexo do goleiro Muriel com o pé, diga-se, virando tradição as intervenções sensacionais do arqueiro tricolor mostrando que valeu a pena a troca com Marcelo Lomba. O baba, que ficou devendo e muito, só foi melhorar e pegar fogo mesmo nos 15 minutos finais, com o Esquadrão perdendo boas chances com Allano esbarrando na defesa e Moisés parando em bela defesa de Júlio César, enquanto o Timbu carimbou a trave novamente em oportunidade criada por Renan Oliveira. 

O nome do jogo e da segunda etapa foi novamente Muriel, em apenas 15 minutos de bola rolando o goleiro já havia protagonizado dois milagres em chutes de Bergson, reflexo da boa atuação do arqueiro foi a atuação do Bahia, APAGADA igual os refletores da Arena Pernambuco, a equipe conseguiu a proeza de apresentar um futebol muito inferior do que apresentou na etapa inicial, totalmente displicente em campo, sem brio, sem criatividade, sem vontade, lembrando aquele velho Bahia de 5 rodadas atrás. Se com 11 já estava difícil, a expulsão do lateral Moisés aos 23 minutos tratou de jogar um balde de gelo na cabeça do torcedor tricolor. O empate, antes tratado como um resultado diria ruim, passou a ser excelente pela expulsão somada ao futebol apático do Tricolor Baiano, as defesas de Muriel e contra um adversário cascudo e que ainda sonhava com o acesso. Diga-se, até injusto, se tivesse que ter um vencedor, esse seria o Náutico que jogou muito mais, criou e foi mais incisivo, mas deu o azar de encontrar um goleiro numa tarde inspirada que pegou TUDO, até pensamento, e segurou o 0 a 0 no placar.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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