A nivelação por baixo da seleção olímpica “masculina”

A maioria dos jogadores olímpicos do Brasil tem cabelo impecável, um mar de tatuagens pelo corpo, salários astronômicos de três dígitos e um futuro ainda mais promissor pela frente. Seus brincos, desenhos e penteados são direitos aceitáveis de jovens que vivem a margem da sociedade comum onde habitam nós meros mortais. Seus carros do ano também são sintomas de que habitam outro mundo, eles compram com o dinheiro que vem do seu trabalho. Nada disso viria ao caso, se estes jogadores fizessem o mínimo que deles se espera quando enfrentam África do Sul e Iraque. Porém, infelizmente nenhum deles nos deu motivos para falar do futebol que estão jogando. Pelo simples motivo de que não estão praticando futebol algum, ao contrário da seleção feminina que não tem 10% do apoio e investimentos que os meninos tem.

Parecem meninos mimados que dão soquinhos no ar quando o árbitro não age como eles gostariam. Crianças ricas que não denotam qualquer atitude de equipe, não parecem dispostos a formar um time, algo coletivo que os leve à vitória. O segundo 0 a 0 consecutivo jogando nada tirou a paciência de todos. Dos torcedores, que vaiaram a plenos pulmões em Brasília. Dos jornalistas, que aceitaram livre o primeiro jogo porque, afinal, era o primeiro jogo, havia tensão e estresse pela estreia em casa e o favoritismo óbvio atribuído a um time que reúne tantos jovens promissores. Ao fim e ao cabo do empate fiasquento contra iraquianos bravos e organizados, só restou a falar sobre penteados, brincos e tatuagens, pois nem uma simples justificativa ou pedido de desculpas tivemos o direito de ouvir após o jogo, pois todos os jogadores saíram calados sem dar entrevistas, típico das crianças mimadas que não aprenderam a perder na vida.

Micale não deu unidade aos meninos que para tantas outras coisas da vida se comportam como homens. Não há o que elogiar individual ou coletivamente no que a seleção olímpica foi a campo mostrar. Comportam-se como se estivéssemos numa espécie de prorrogação do 7×1 que em nada mudou o futebol brasileiro, da gestão ao comportamento. O Gabriel, do Santos(gabigol, o cara que deu o apelido a ele deve ter sido o mesmo que colocou o apelido do cantor belo, só pode), por exemplo, puxou a camisa do goleiro do Iraque num escanteio, o árbitro deu a falta, o atacante abriu os braços como se não entendesse a marcação,tipo menino mimado quando alguém reclama de algo errado não gosta da reclamação pois não está acostumado com esse tipo de recusa pois sempre teve tudo que quis na vida, não sabia ele que tinha quase 50 câmeras apontadas para o campo? Será que o mimadíssimo jogador santista não previu que uma delas captaria sua infração? E quando tentou cavar um pênalti no fim da partida, quando apelou para o jogo sujo, típico do jeitinho brasileiro, tentando obter vantagem ilícita, imaginou-se o malandro ou estava apenas seguindo o exemplo dos nossos políticos que conseguem se safar das falcatruas achando brechas na lei para obter vantagem própria?

E Neymar, o que está a pensar Neymar com aquela braçadeira a pesar-lhe no braço? Que contribuição deu além de tentativas vãs e um infantil soco no ar depois de ter sido marcada uma falta que ele de fato cometeu, cujo gesto lhe rendeu um ridículo cartão amarelo? O capitão é para tirar os companheiros das confusões e não colocá-los nelas. 

E Gabriel Jesus, recentemente negociado com o Manchester City pela bagatela de R$ 121 milhões, será que ele n recebeu outra ligação do time inglês, ordenando ele se poupar nos treinamentos e não entrar em divididas para não se machucar?

Na próxima quarta ou o Brasil ganha da Dinamarca para se classificar ou dependerá de resultado paralelo entre África do Sul x Iraque para ver se vai adiante. O que fez em quase 200 minutos de jogo já é fiasco inapelável, que pode ser aliviado caso se classifique e encaixe como time ali adiante. O time olímpico brasileiro resta como um tipo macarrão instantâneo do que é o futebol do país como um todo, gerido por incompetentes, tendo na sua presidência um indivíduo que nem pode sair do país, pois teme ser preso mundo afora por acusações de corrupção. Isso é apenas a primeira fase onde estamos enfrentando equipes sem nenhuma expressão no futebol mundial, afinal em qual posição estão ranqueados África do Sul e Iraque? Seria melhor sair agora e evitar algum 7×1 da vida contra selecionados do primeiro escalão? Isso só saberemos mais adiante, vamos aguardar os próximos capítulos…

Miquéias (Leão da Barra) Amigo e colaborador do BLOG

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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