Diferente dos outros clubes do futebol brasileiro, no Bahia a divisão de base só tem vez no clube quando a situação aperta ou se torna delicada. Penso eu que os garotos precisam ser aproveitados, porém, não por necessidade e sim por opção, e quando o momento é favorável. Não adianta pegar um jovem de 18, 19 ou 20 anos, colocá-lo no time principal e jogar o peso da responsabilidade nas costas do rapaz achando que irá ser o salvador da pátria e dar conta do recado da noite para o dia. Na primeira falha ou primeira derrota, vem enxurrada de críticas e torcedores pedindo a cabeça do jogador.
Justamente agora, quando o Bahia vive um momento complicado na Série B do Campeonato Brasileiro, uma crise que parece não ter fim, o técnico Guto Ferreira pode dar chances a atletas oriundos das divisões da base. Sempre fui defensor dos garotos e cobrei que fossem utilizados na equipe principal, mas não como cobaias ou ratos de laboratórios. Nove atletas do sub-20 estão incorporados ao elenco profissional (Rodrigo Becão, Marlon, Júnior Ramos, Luis Fernando, Mayron, Marco Antônio, Felipe e Luan), todos estão sendo analisados pelo treinador e podem pintar no time nos próximos jogos.