É isso que a diretoria do Bahia quer?

A campanha do Bahia continua gerando insatisfações de parte significativa da torcida tricolor, é verdade que existe outro segmento desta mesma torcida, contentíssima, já que acreditam piamente que a campanha é simplesmente uma provação divina e que todo esse sacrifício nos dará, em breve, como contrapartida, a salvação eterna, com o surgimento de um Bahia completamente refundado, agora forte, respeitado, lido, visto, assistido, além de ser comemorado e festejado, como um dos maiores clubes do Brasil, ou seja, estamos passando fome hoje e agora, como condição única e fundamental para comer e arrotar camarão, em um futuro breve.

Decididamente não acredito nesta desculpa, em forma de projeto, que só acontece pelo clube estar sendo comandado por dirigentes que desconhecem e, por isto ignoram, os verdadeiros anseios do torcedor do tricolor. Ontem, o jornalista e tricolor Samuel Celestino, em publicação no site que governa, mais uma vez reclamou do último resultado, a campanha em si e questiona:

É isso que a diretoria do Bahia quer?

De nada valeram as férias que o E.C Bahia ofereceu aos seus jogadores em Porto Seguro, com direito a treinos noturnos e a presença, no município do descobrimento do seu presidente, Marcelo Sant’Ana, não se sabe a que pretexto. Talvez para nada fazer. O tricolor voltou a empatar na noite de ontem com o pior clube e último colocado na tabela, o Sampaio Corrêa. Mas uma vez, o desempenho da equipe foi de tal sorte desmoralizante, que um dos jogadores responsabilizou os colegas a eles imputando o vergonhoso empate por zero a zero.

A questão do “esquadrão de aço” não está no campo de futebol, mas na incompetência absoluta da sua diretoria, a partir do seu presidente e do Conselho Deliberativo. Neste período de Sant’Ana à frente do clube ele nada mais fez senão perder e perder, o que é uma lástima para um esquadrão de tantas tradições que, em outros tempos, era referenciado com “o campeão dos campeões”.

Foi-se a época. Chega dessa maneira ao sétimo jogo com seis derrotas e, pelo menos, um empate conseguido justo com a frágil concessão do último colocado na tabela de classificação. É isso que a diretoria do Bahia quer? É isso que a torcida enganada deseja? É esta a saga que o “esquadrão de aço” pretende trilhar?

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

Deixe seu comentário