Ídolo do Vitória, assiste a BAVI com torcedores

Lá se vão mais de 20 anos de quando ele pisou no gramado trajando a camisa do Vitória. O carinho pelo clube, no entanto, não ficou no passado. O ex-atacante Pichetti fez questão de assistir ao primeiro BAVI da final do Campeonato baiano junto com a Torcida Vitória 40 Graus (www.facebook.com/ECV40graus), formada por fanáticos rubro-negros residentes no Rio de Janeiro.

Logo que chegou, Pichetti foi muito aplaudido pelos presentes. Não é para menos. Grande nome da campanha do vice-campeonato brasileiro em 1993, permaneceu no Leão até 1995, mas por ele ficaria mais: “Confesso que eu não tinha vontade de sair, mas acho que meu ciclo estava acabando. Futebol é assim mesmo. Meio contrariado, eu fui embora do Vitória, mas eu saí com título. Saber o que é ganhar um Baiano foi muito bom”.

Pra relembrar os bons momentos que viveu pelo rubro-negro baiano, o ex-jogador não pensou duas vezes quando foi convidado para assistir a partida no bar Arco-íris da Lapa, na tradicional região da capital carioca, onde se reúnem os torcedores. Ele já estava certo de ir ao Maracanã ver Botafogo x Vasco, mas trocou o apoio ao time de General Severiano, onde também atuou, pela equipe do Barradão e terminou assistindo a uma vitória.

Experiente em BAVIs, elogia o duelo: “Eu joguei muitos clássicos. Comecei no Juventude, tinha o clássico CAJU (Caxias x Juventude). Aqui no Rio, tudo é clássico, os quatro grandes. Mas, igual ao BAVI, que eu tive oportunidade de participar, é uma sensação que não tem palavras pra explicar. Você ouvir a Fonte Nova lotada gritar seu nome, fazer um gol no Bahia, não existe coisa melhor”.

Pichetti relembrou também o fatídico pênalti na primeira partida da final de 1993 e reclamou do árbitro: “O próprio (Renato) Marsiglia veio posteriormente admitir: ‘é, um lance duvidoso…’. Me tirar do segundo jogo… ‘Ah, mas era em São Paulo, contra o poderoso Palmeiras’. Mas quem quer ficar de fora de um jogo? Foi 1 a 0 só, a gente podia reverter a situação”. E confessa que o sentimento de chateação foi grande: “Na época, eu nem assisti ao segundo jogo. Eu não tive coragem. Eu queria muito estar naquele jogo e infelizmente… coisas do futebol”.

Das histórias curiosas de bastidores, ele ri principalmente do ex-volante folclórico: “A gente sempre teve curiosidade de saber por quê do apelido Vampeta. Aí, ele jovem, mas já muito sacana, ele tirava a dentadura, ficava com dois dentes e falava ‘não precisa explicar mais nada, falaram que eu parecia um vampiro misturado com o capeta’. Era muito engraçado”.

Ao final do papo com a galera, Pichetti decretou: “Vamos ganhar esse ano de novo, como torcedor!”.

Tiago Bittencourt

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

Deixe seu comentário