O Bahia ainda labuta na Copa do Nordeste, mas caminha em passos retos e certos para uma provável final contra Sport-PE ou Campinense, para isto, basta segurar o Santa Cruz no próximo Domingo na Fonte Nova. Pelo Campeonato Baiano a fatura está liquidada, é inimaginável acreditar que o Tricolor de Aço leve uma surra do Fluminense dentro da Arena Fonte Nova, por outro lado, apesar da “menor” vantagem do Vitória diante da Juazeirense, não se tem como negar que o Leão é o grande candidato para enfrentar o Esquadrão nas finais do Baianão.
Acontecendo, até entendo o pé atrás, a desconfiança, de parte da torcida do Bahia, principalmente após o fracasso de 2015, as oscilações, e a recente chegada do técnico Doriva que, diga-se, está tirando leite de pedra de um elenco ainda limitado, mantendo uma boa regularidade nos campeonatos que disputa. Na verdade não entendo e não concordo com as críticas ‘severas’ atiradas ao Esquadrão, como se tivesse uma excelente equipe com a obrigação de atropelar todos os times que enfrenta empolgando e jogando um futebol vistoso.
Porém, é contado nos dedos os clubes que atualmente jogam um futebol vistoso no Brasil, mesmo enfrentando times fragilizados estados à fora. E como ainda estamos respirando o estadual, onde a qualidade técnica cai absurdamente se comparada com a Série B fazendo com que não seja mais que uma mera obrigação para a dupla BAVI chegar na grande final, o que podemos afirmar sem medo que já está sacramentado, apesar do futebol ser movido pela imprevisibilidade, dificilmente Flu de Feira e/ou Juazeirense conseguirão reverter os placares.
E falando de Campeonato Baiano, quem leva o favoritismo na quase certa final? Bahia ou Vitória? Não gosto de bancar o “vidente”, não acho que clássico tenha favorito, ainda mais um BAVI, mas emitir uma opinião não implica, jamais, em desrespeito com o adversário. Tempos atrás o Esquadrão tinha 7 jogos sem perder para o rival, hoje a situação inverteu e é o Rubro-Negro quem detém o tabu de 7 partidas sem ser derrotado. Mas se for cantar a pedra de forma justa, diria que o Esporte Clube Bahia, dono da melhor campanha da competição, é o legítimo favorito a levantar a taça do Baianão por vários fatores, contrariando o meu grande amigo Dalmo Carrera que cravou previamente o Esporte Clube Vitória como campeão baiano de 2016.
Não vejo o Vitória como o grande favorito, tão pouco com um elenco acima da média como relatou Dalmo em seu texto. Hernane, Thiago Ribeiro e Edigar Junio são piores que Kieza, Marinho e Vander? Obvio que não! Até entendo quem aponte Bahia ou Vitória como favorito, mas apontar um ou outro como campeão de forma antecipada é um surto injustificável e sem procedentes. É por isso que, deixando o clubismo e o pessimismo natural que assombra o torcedor de lado, aponto o Bahia como franco favorito ao título, não só pela regularidade e por ter a melhor campanha, mas também por ter a seu favor o fato de jogar por dois resultados iguais e assegurar a hegemonia do Estado, enquanto o Vitória se apega apenas ao tabu de sete jogos sem perder para o rival, tabu que não precisa nem ser quebrado para o Esquadrão se sagrar tricampeão baiano, feito que não consegue desde 1988.