Bahia com a liderança garantida antecipadamente e o Vitória já classificado para próxima fase do Baianão. Jogo de ‘compadres’? Que nada! O clássico começou truncado, pegado, com muito nervosismo, os ânimos exaltados ocasionando lances ríspidos que deixaram o clima ainda mais quente na Arena Fonte Nova, típico de um BA-VI, mas depois os dois times começaram a jogar bola e as oportunidades apareceram.
O primeiro tempo foi bastante movimentado e equilibrado, mas com uma leve superioridade do Bahia que foi mais agressivo nas jogadas de ataque, fazendo o goleiro Caíque trabalhar duas vezes, primeiro no tirambaço de Juninho do meio da rua e em seguida na cabeçada à queima roupa de Luisinho, nas duas obrigando o arqueiro rubro-negro a espalmar. O Vitória também assustou em chute de Tiago Real e cabeçada de Robert, ambas tirando tinta da trave do goleiro Marcelo Lomba que já estava batido. Um 0 a 0 gostoso de ser assistido.
A segunda etapa foi o inverso, o Bahia voltou totalmente apático e só deu Vitória, que abriu o placar assim que a bola rolou com Vander aproveitando falha bizarra de Hayner e tocando no canto de Lomba, seguiu mandando no jogo e pressionando em busca do segundo que saiu minutos depois com belo chute de Tiago Real lá onde a coruja dorme após pixotada do zagueiro Gustavo. O goleiro Caíque, grande destaque do clássico, seguiu operando milagres e pegando até pensamento.
Nos minutos finais, a partida esfriou, o Bahia até tentou esboçar uma reação, mas faltou criatividade, objetividade e pontaria, ou seja, faltou tudo, enquanto o Vitória satisfeito com o placar apenas administrou o resultado que mantém o tabu agora de sete partidas sem perder para o Tricolor Baiano e o deixa na segunda colocação do Campeonato Baiano e ainda podendo obter a vantagem na finais, em caso de um novo BA-VI.