Torcida do Bahia sangra com a perda do atacante Kieza

A apaixonada torcida tricolor sangra. Não resta a menor dúvida que existia um elo “romântico” entre ela e Kieza. A torcida chorou, quando ele deixou o clube, por término do empréstimo com os chineses e depois a sua ida para o São Paulo.

Esta paixão da torcida, que poderia ser de qualquer uma, terminou como romance entre uma amante e um caminhoneiro. Kieza partiu, como um caminhoneiro. Jurou amor à sua amada. Ia trabalhar na China, depois a informou que estava em São Paulo. Voltaria, como ocorre com todos os caminhoneiros, ao ponto de partida.

Sua amada, a torcida tricolor, fez derramar na sua face gotas de saudades, mas com uma grande esperança, de uma breve volta, principalmente, por estar bem pertinho, ali na capital paulista.

Até que a amante tricolor ouviu a forte buzina tocando em sua rua. É ele! É ele! Corre, corre. Veste rapidamente a mais transparente lingerie que comprara em recente viagem aos EUA. Despeja no corpo aquele perfume francês adquirida na loja Duty Free do aeroporto, no retorno de recente jogo internacional. Tira do guarda-roupa aquele presente comprado na Disney e aguarda o seu querido. Abre, com ansiedade, a cortina de sua janela e vê o seu amado, estacionado na casa de sua vizinha e o pior, de sua inimiga, que o recebe aos abraços.


Perdera. A chegada foi mais dramática do que a saída.

Profundamente ferida, se veste e foge sem olhar para trás, em busca de um conhecido lugar, no Centro de Salvador, para chorar a sua solidão e sua perda. Uma triste história, que poderia ser fonte de inspiração de Shakespeare ou com um toque dramático brasileiro de Nelson Rodrigues, que iria incluir como culpado o atual padrasto da amante tricolor.

Desculpem-me tricolores, por esta analogia divertida, lançando mais éter nesta ferida, mas sempre falo que o resultado é produto de um ato competente. Não se deve criticar o atleta. Ele é um profissional.

Há um pensamento de Augusto Branco aplicável ao caso: “ Perca com classe, vença com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve.” Faltou ousadia do Bahia. Ponto final.

Atahualpa – Torcedor do Vitória, amigo e colaborador do BLOG

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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