O sábado foi nosso, aleluia – Por Emerson Leandro


Assim como Cristo, num sábado de aleluia, uma rodada depois de sofrermos na cruz do Flamengo de Guanambi, o Vitória entrou em campo diante do santuário repleto de torcedores ansiosos pela estreia de Kieza. Tínhamos a responsabilidade de bater o “beija-flor do sertão” por qualquer placar ou esquecermos o baianão. (competição que nos serve como preparativo para representar nosso estado na serie A). Começamos rugindo alto como se mandássemos um recado que dizia: – Aqui é o Leão “môpai”.

Aos dois minutos a pressão era grande, dominávamos a partida e numa bola alçada na área, Vitor Ramos escora de cabeça pra traz, o zagueiro dos caras treme na base, a bola sobra nos pés do monstro Kieza que solta um sapeca iá iá, o goleiro bate roupa e Deivid chega chutando bola, alma e o mi mi mi de Itinga pra o fundo das redes, Vitória 1×0, era o suficiente. Mas nosso compromisso era alinhar o ataque, treinar e corrigir falhas. Tudo bem que o Guanambi não nos oferecia grandes desafios, mas…

A pintura

Como na santa ceia pintada por Leonardo Da Vinci, outro Léo, o Domingues, iniciou uma releitura da obra prima. Bola alçada na área, K9 dá uma ajeitadinha sacanagem para Marinho, que num ato de crueldade finge o chute, deixa dois marcadores humilhados no chão, passa a bola pra Marcelo (no estilo Pelé na copa do México) que solta um petardo e decreta encerrado os trabalhos, porém, sempre há um porém conosco… Faltava o gol de Kieza.

Nossa sorte no Baiano é que nunca enfrentamos nenhum grande time e Mancini conhece bem a equipe e suas respectivas falhas. Eu havia dito no texto anterior que nosso meio campo precisava ser Domingues, Tiago Dólar (que não pode jogar) e Amaral. Nosso ataque precisava do monstro Marinho e de um camisa nove a nossa altura, na zaga Vinicius precisava sair urgentemente.

Mancini me ouviu e o resultado ai está. Quando o jogo já estava definido e aquela “lezeira” costumeira de nosso time já começava a dar brecha para o adversário, Usain bolt Marinho dá uma arrancada de cem metros e deixa o estreante da noite, dono da posição, monstro, com a finalidade de só empurrar a bola para o fundo das redes. É o fim, Vitória 3×0, classificado para a próxima fase. Dever cumprido e todos felizes, amém.

Sardinhas medrosas e o Tribunal de Haia do Facebook

Todos sabem que as redes sociais tem sido um espaço decisivo diante da luta contra a corrupção, mas é também o lugar onde rola um “mimimi” absurdo, sobretudo daqueles seres aquáticos que não nos vence nem em vibração, a mais de dois anos. Bastou ser apresentadas suspeitas de que Vitor Ramos foi escalado de forma irregular, que choveu em minha timeline coisas sobre “jurisprudência”, “moralização do futebol já” e coisas do gênero.

Eu entendo o medo dos caras, mas indo além da questão de sermos punidos ou não é preciso entender que, no caso de Vitor Ramos não há, nenhuma irregularidade e quem definirá se é uma inscrição de cunho internacional ou não é a CBF. Esqueçam o medinho e se preparem que a gente tá chegando “môpai” e não caberá “apelação”!

PRA CIMA DELES LEÃO: Jogamos bem, o adversário era ruim, mas foi legal perceber que Kieza ta voando baixo, que Leandro Domingues está bem tecnicamente, mas fisicamente ainda deixa a desejar. Deivid achou seu posicionamento e ainda não estamos com Alípio, Dagoberto. O time está evoluindo.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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