Eleição livre e democrática ameaçada no E.C Vitória

Este assunto é complexo e só deve ser tratado por aqueles com o 2ª grau completo em democracia, digo no futebol, não é meu caso, o tema talvez seja especialidade dos rubro-negros, Marcos André Guimarães, o imperador Atahualpa ou o Filba, acontece que o primeiro já se manifestou em desacordo as mudanças propostas e agora suspensas pela justiça do novo estatuto, o segundo, digo, o imperador, desfila sem cerimônia em cima do muro como estivesse pisando em caco de vidro, enquanto o Filba, ainda que sempre modernoso e avançado, jamais mostrou entusiasmo com a questão e dedica forças e energias além de todo o seu TNT, quase que exclusivamente num trabalho incansável pela derrubada da presidente Dilma, eleita pela maioria dos votos livres, limpos e pré-estabelecido pelo povo brasileiro (rindo muito por aqui, mas com muito respeito pelas opiniões contrárias, é claro)

Portanto, observando o universo deste espaço, não é difícil apontar o rubro-negro Franciel Cruz como o porta voz e bandeira das eleições livres e diretas no Vitória, como também, se revelou desde o primeiro momento, como operário braçal desta construção ainda inacabada e agora ameaçada por determinação da justiça

Bom, sendo assim, segue os fatos relatados na sua forma integral através de Juliana Lisboa jornalista do Jornal A Tarde, que conta a história, o bafafá, as incertas e trás a declaração do agora chamado de MUNDICO, que sendo lida fora do contexto é capaz de assustar até o ditador Kim-Jong-un quando disse:

“Quem ganha eleição é quem tem uma boa gestão, independente se ela é direta ou indireta. O modelo do pleito é absolutamente secundário”


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Foi revogada, nesta quinta-feira, 14, a liminar que permitiu a realização da assembleia geral dos sócios que formulou o novo estatuto do Vitória, e, com isso, todas as mudanças propostas pela reunião.

De acordo com a sentença, foi declarada “a nulidade de todos os atos praticados pelo impetrante (o presidente do Conselho Deliberativo, José Rocha) após a prolação da liminar”, e determinado que a reforma do clube siga os trâmites legais estabelecidos no estatuto antigo.

Com isso, o modelo das próximas eleições presidenciais do Vitória – que, pelo estatuto revogado, seriam diretas – volta a ficar incerto. José Rocha acusa a diretoria de não querer a aprovação das eleições diretas, e por isso teria entrado com ação para impedir a elaboração do novo estatuto.

“Isso demonstra que o presidente Raimundo Viana não se interessa pelas eleições diretas, porque se realmente se interessasse não teria se incomodado com o estatuto”, argumentou.

Apesar do discurso oficial da diretoria ser de querer a aprovação das eleições diretas, o presidente do clube, Raimundo Viana, desconversou quando questionado se era a favor da medida.

“Quem ganha eleição é quem tem uma boa gestão, independente se ela é direta ou indireta. O modelo do pleito é absolutamente secundário. Estou trabalhando para garantir que o time tenha um bom desempenho nos campeonatos, porque para mim é isso que importa agora. Eleição não passa pela minha cabeça”, disse o dirigente.

Viana ainda disse que não teria motivos para ser contra o estatuto revogado porque, segundo ele, o cargo de presidente seria remunerado. “Isso me beneficiaria, não é? Por que eu seria contra? Isso mostra que o Vitória se pauta pela legalidade. E em relação à decisão judicial, não tenho o direito de me posicionar contra a posição da juíza”, afirmou.

Oposição quer intervenção

O presidente do Conselho disse que vai recorrer da decisão e afirmou que vai entrar com um pedido de intervenção judicial. “Vamos entrar com uma liminar recursal já na semana que vem e vou convocar uma assembleia geral para a primeira quinzena de março a fim de apresentar a proposta de uma intervenção judicial no clube.

Para ele, o descumprimento da publicação das decisões do conselho deliberativo e da lista de sócios no site seriam suficientes para entrar com a ação. “No nosso entendimento, o presidente está descumprindo as decisões embasadas no dispositivo estatutário, e essas falhas tornariam possíveis uma intervenção. São cabíveis dentro do estatuto anterior, que voltou a estar em vigor. Ou seja, ele não respeitou o próprio estatuto”, argumentou.

De acordo com Rocha, a revogação da liminar não extingue a possibilidade de que as próximas eleições do Vitória sejam feitas de forma direta. Segundo ele, o modelo pode ser definido até 15 dias antes do pleito ser realizado.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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