Mais um… vacilo. Bahia 1×1 Náutico

O Centro de Salvador parou. Um inferno. Engarrafou os Barris, Dique do Tororó, Brotas, Joana Angélica… a maior Torcida da competição se fez presente em plena terça feira a noite. Em campo, o Bahia repetia a escalação da goleada de sexta. A camisa também era o terceiro uniforme, recorde de vendas no final de semana. Só faltava o Bahia fazer a parte dele e brocar. Mas não foi isso que aconteceu.

Entrei na Fonte Nova com 8 minutos de jogo e a imagem que vi resumia bem o jogo. Em campo reduzido, Sérgio Soares promovia um treino tático, de ataque contra defesa. O Náutico, que no passado vinha pra cá encarar o Bahia de igual pra igual, se defendia como um time pequeno e covarde. Eram 10 zagueiros e 1 goleiro contra o time do Bahia. O jogo seguia e com uns 30 minutos comentei num grupo do whatsapp: jogo perigoso. Retranca e saída rápida com 3 jogadores. 


O domínio do Bahia era total, mas a defesa do Bahia parecia estranhamente nervosa. Zagueiros querendo fazer lançamentos, chutando em gol e dando contra-ataque, tomando bola nas costas, perdendo na velocidade, tomando dribles bobos. Preocupante.

Num desses contra-ataques os caras jogaram pela direita Tricolor. Cicinho foi pro meio se bater com os zagueiros e deixou a lateral livre. Yuri, que vinha bem na partida, não acompanhou o lateral dos caras. Aí ele foi na linha de fundo e mostrou aos laterais do Bahia como se faz. Cruzou e saco. 0x1 pro Timbu.

O Bahia manteve a posse de bola, a virada de jogo, os toques com efeito e os ataques com finalizações ridículas. Fim do primeiro tempo, placar inverso e… a Torcida aplaudiu. Porra, galera. Na moral. Aplaudir 0x1 na Fonte pra um time fraco como o Náutico, não dá. Não saio de minha casa pra vaiar meu Baêa, mas aplaudir derrota… aí, não.

Segundo tempo e a Nação que aplaudiu os derrotados da primeira etapa, aplaudiu também as duas alterações. Tudo era festa, menos o placar. Pittoni no lugar de Yuri e Eduardo deu lugar a João Paulo. Mas porque tirar Eduardo e não Tiago Real? Sabe Deus…

O time vai pra frente e num rebote de escanteio Kieza toca pra trás e manda Vitor cruzar na área. O garoto faz o improvável. Estava bem atrás do gol e deu pra ver a curva que a bola fez até encontrar o ângulo do goleiro dos caras. 1×1. Um golaço pra acordar a Torcida e incendiar o jogo. Mas não foi bem isso que rolou. 

O Bahia continuou com seu jogo de toques, viradas, posse de bola e muito cruzamento errado pra área. O jogo ia se arrastando, a paciência da Torcida acabando, o América/MG vencendo e derrubando a gente… até no apagar das luzes, uma falta frontal para o Bahia cobrar. Festa da Nação, virei e gritei pra galera levantar pra ver o gol, mas quando olhei pro campo: Souza na bola. PQP! Souza virou o Léo Gago versão 2015. Chegou cheio de pompa de batedor de falta, fez 1 gol contra o Sport e vive somente de bater pênaltis. Será que não tem Scout no Bahia? Ninguém conta as dezenas de faltas que ele já bateu na barreira e comparou com o gol solitário, pela Copa do Nordeste? É muito pouco pra tanta moral. Logo depois, também nos acréscimos, outra falta pra jogar a bola na área. Aí Tiago Real joga a porra da bola no primeiro pau. Porra, Bahia! Pra que diabos tanto treino segredo se não tem uma jogada ensaiada? Será que Tiago treina cobranças de faltas no primeiro pau e tá dando errado no jogo? Será que Souza treina pra aleijar um jogador da barreira e por isso mira sempre neles? É muito erro repetido pra pouco campeonato. Resultado, 1×1, perdemos 2 pontos importantes e por pouco não saímos do G4. 

Bora Baêa Minha Porra! Vacilo gigantesco, no jogo de hoje. Perdemos a chance de abrir três pontos pro 5º colocado e vamos ter de ganhar fora pra compensar os pontos perdidos. Chegamos apenas na metade dos pontos necessários pra fugir do inferno. Mas vamos lá… Vamos subir, Esquadrão!

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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