ECPP 3×0 Bahia: Inimaginável, inaceitável e vergonhoso

Bahia versus Vitória da Conquista: Um time multicampeão baiano contra um que busca o título inédito do estadual. Uma equipe com mais de 80 anos de existência contra uma que completou apenas 10. Um clube com poder aquisitivo elevado contra outro modesto. Um duelo de dimensões distintas, como diz Dalmo, o duelo do milhão contra o tostão, um com uma folha de pagamento estimada em R$ 1,7 milhão, enquanto o outro com apenas R$ 150 mil por mês. Bahia favorito, certo? Errado! Futebol é jogado, 11 contra 11. 

Com todas distinções, Bahia e Conquista deram o ponta-pé inicial na busca pelo principal objetivo: o título baiano de 2015. O jogo começou tenso, nervoso e corrido como já era esperado. O time tricolor entrou em campo disperso, principalmente o setor de defesa, longe daquele Bahia que dava orgulho ao seu torcedor, e o Bode querendo jogo. O Esquadrão ameaçou duas vezes com Maxi, uma numa meia bicicleta que passou longe do gol, na outra uma cabeçada tentando encobrir o goleiro Viáfara, em sucesso.

Bem ajustado em campo, o Vitória da Conquista dominou e sufocou o Bahia nos primeiros 45 minutos e, sendo sincero, se tivesse que haver um vencedor no primeiro tempo, esse seria os donos da casa. O time do interior aproveitou os espaços e chegou fácil na defesa tricolor, que contava com uma dupla de zaga numa tarde não tão inspirada, batendo cabeça várias vezes e só não vendo o Bode abrir o marcador por capricho do atacante Tatu por duas vezes.

Aos 19 minutos, o camisa 9 passou fácil por Thales e Titi e na frente de meta tentou encobrir o goleiro Jean, mas caprichou demais e mandou por cima do gol. Na outra, Tatu passou por três defensores e mandou fraco nas mãos do arqueiro tricolor. O zagueiro Titi ainda salvou Jeanzinho de promover outra lambança tirando a bola em cima da linha após rebote bizarro nos pés de Carlinhos. Mesmo perdido em campo, o Bahia voltou com o mesmo time para o segundo tempo, e o mesmo futebol.

Resultado? Logo no primeiro minuto da segunda etapa, em cobrança de falta na lateral, Fausto subiu mais alto que todo mundo e mandou no canto do goleiro Jean. Depois do gol, o Bahia acordou e mesmo desordenado foi para cima na base do abafa. Aos 4, Léo Gamalho parou no goleiro Viáfara, aos 10, Maxi Biancucchi parou no travessão. Mesmo com o gol, Soares se manteve calmo na beira do campo e sem mudanças. O desespero pelo gol de empate se transformou em aflição, quando em contra-ataque rápido, aos 22, Diego Aragão dribla Thales e faz o segundo do Bode.

Se o marcador já era terrível, imagine após o terceiro do Conquista. Aos 28, André Beleza abre espaço e manda no canto do goleiro Jean, batendo o último prego no caixão tricolor e fazendo o terceiro do Bode, que abre uma vantagem espetacular para o jogo de volta. O Bahia não teve mais reação, o time definitivamente sentiu a derrota para o Ceará, entrou no campo disperso, apático, e agora terá que reverter o placar nas duas decisões. É inimaginável, inaceitável e vergonhoso, não o resultado em si, mas a forma como aconteceu, mas no momento prefiro apenas parabenizar o time adversário pelo resultado merecido.

Fellipe Costa   

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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