Domingo de Páscoa é dia de relaxar e se deliciar comendo muito chocolate com a família. Mas chocolate no futebol é sinônimo de gols, muitos gols, e nesse Campeonato Baiano traz boas lembranças para Nação Tricolor. O Bahia avançou de fase após aplicar duas goleadas no Galícia (5×0 e 4×0) nos jogos de ida e volta das quartas do Baianão. Além, é claro, do sonoro 7 a 1 no Feirense pela primeira fase.
Nada mais natural do que presentear o torcedor com mais um “chocolate” e carimbar a vaga para final do Estadual. Mas não seria fácil enfrentar a Juazeirense, dos artilheiros Sassá e Júnior “Diabo Loiro”, no contestado gramado do Estádio Adauto Moraes, com Jailson Macedo no apito e um calor infernal que imperava na cidade de Juazeiro. Haja protetor solar, meu amigo!
O jogo começou como já era esperado, corrido, truncado, os dois times correndo atrás do resultado. Mas quem abriu o placar foi o Esquadrão, aos 10 minutos, aproveitando espaço dado pela Juazeirense. O volante Souza deu um lançamento genial do meio de campo para Maxi Biancucchi, e o baixinho não perdoou, driblou o goleiro com um toque de cabeça e deslocou o zagueiro mandando no cantinho. 1×0 Bahia.
O Bahia era superior, mandava na partida, típico jogo de um time só, até que apareceu o Sr. Jailson Macedo de Freitas. Aos 37 minutos, o goleiro Douglas Pires tentou se antecipar à cruzamento e errou feio rebatendo para o meio da área nos pés do zagueiro Fabiano que só teve o trabalho de desviar para o fundo das redes. 1×1. Depois do empate, a Juazeirense se animou e foi para cima do tricolor baiano, e só não virou porque parou duas vezes na trave no final da primeira etapa.
Se já era complicado jogar num gramado irregular com um sol escaldante, imagine ter que enfrentar o adversário com um homem a mais?! Mais uma vez a arbitragem descaradamente meteu a mão no Bahia, não marcando pênalti claro após o defensor do Cancão cortar cruzamento de Tiago Real com a mão, marcando impedimento inexistente do ataque tricolor e validando gol irregular da Juazeirense. Que fase de Jailson Macedo!
No início do segundo tempo, o “Carrossel do Sertão” foi para cima, e por pouco não virou o marcador, em nova saída afobada do goleiro Douglas Pires que conseguiu se redimir e, mesmo caído, tirou a bola em cima da linha com as pontas dos dedos. O bom futebol do Bahia parecia ter sucumbido após o gol de empate da Juazeirense. Parecia apenas, e não demorou muito para o Esquadrão tomar o controle da partida. Aos 18, ótima chance de fazer o segundo, em excelente jogada de Maxi pela direita, deixando Souza na cara do goleiro, mas o volante brigou com a bola e mandou de canela, torto, para fora.
O artilheiro Kieza tratou de ensinar a Souza como se balança as redes. Aos 22 minutos, Thales se aventurou ao ataque, e numa bobeira da defesa da Juazeirense, o camisa 9 avançou livre e tocou no cantinho, sem chances para goleiro Tigre. 2×1, para alegria dos mais ‘otimistas’ tricolores Dalmo Carrera e Lucas Costa.
Depois do gol, o Esquadrão se empolgou e passou a sufocar o “Cancão de Fogo”, mas Souza não estava com o pé calibrado e perdeu duas excelentes chances de fechar o caixão e se consagrar. Infelizmente, a falta de pontaria e o juiz impediram um verdadeiro “chocolate” no domingão de Páscoa, mas ficou nisso, JUIZeirense 1×2 Bahêa. Com o triunfo, o Tricolor encaminhou a classificação e tudo indica que teremos “BAVI” na grande final.
Fellipe Costa
Foto – Lúcio Tavora