Bahia 3 x 2 Nacional-AM: Tricolor vence no fim

Na primeira decisão da “melhor de três” na Arena Fonte Nova, o Bahia encarou o Nacional, líder do Campeonato Amazonense, e mesmo mesclado com titulares e reservas, o Esquadrão venceu e avançou de fase na Copa do Brasil. Foi dramático, no sufoco, um sofrível jogaço. Como diria o irreverente Vicente Matheus “O difícil, vocês sabem, não é fácil”. Mas quando a fase é boa, tudo dá certo.

Bola rolando e o Nacional até ensaiou uma pressão inicial, mas quem abriu o placar foi o Bahia, aos 9 minutos, Bruno Paulista acertou belo cruzamento na cabeça de Zé Roberto que cabeceou para baixo. A bola quicou e morreu no canto esquerdo do goleiro Rodrigo Ramos. Na comemoração, o atacante atravessou o campo e foi abraçar Maxi Biancucchi, que estava no banco de reservas. 1×0.

Mal deu tempo de comemorar e aos 17 veio o banho de água fria. Bate-rebate na área, Titi tentou rifar a bola e acabou acertando no jogador amazonense, a pelota livre sobrou para Leonardo que só teve o trabalho de mandar para o fundo das redes. Mas o capitão está com crédito, bola pro mato que é o jogo é de campeonato. 1×1.

Depois do gol, o jogo virou treino de ataque contra defesa. Só deu Bahia. Tchô perdeu um mandando na lua, Yuri perdeu outro parando no goleiro. Quando a bola não quer entrar de jeito nenhum, chama quem? Claro, o “matador”. E ele não decepcionou. Aos 41, Souza cruzou, Thales cabeceou para área e Kieza mandou um voleio lindo, a bola ainda desviou antes de entrar. Esse seria o 12º gol do artilheiro tricolor em 2015, seria, se o juiz não inventasse de dar o gol para Tchô. 2×1.

No segundo tempo, o Bahia fez o que não deveria ter feito, recuou e chamou o Nacional para seu campo. Aos 12, veio o castigo, após bate-rebate na área, a bola sobrou para Chales que mandou um chute da entrada da área acertando o canto de Douglas Pires. Com o empate, o jogo se tornou dramático. Precisando desesperadamente do triunfo, Sérgio Soares resolveu mudar, sacando o meia Tchô (autor do desvio no “gol” de Kieza) e colocando o argentino Maxi em campo. 

  

2×2, resultado que eliminava o tricolor baiano e classificava o Leão da Amazônia. Nesse momento é tudo ou nada, não existe mais organização tática, é na base da vontade. O time tentava de todo jeito, principalmente em bolas alçadas na área e chutes de longe com Bruno Paulista e Souza fazendo o goleiro Rodrigo Ramos trabalhar. Se não for na raça, não é Bahia. Aos 44, Maxi deixou Tiago Real na cara do goleiro, o meia deu uma de garçom e serviu Kieza que só teve o trabalho de estufar as redes e garantir o triunfo tricolor por 3 a 2. Mais um Leão morto em menos de uma semana.

Fellipe Costa

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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