A vida continua, e o amor pelo Bahia também!

Ceará e Bahia teve todos ingredientes de uma final de campeonato, de uma decisão de Copa do Nordeste. Muita pressão, tensão, emoção, nervosismo, antes e depois da bola rolar, e a Arena Castelão tomada por 63.399 torcedores. A ansiedade já era grande para ver o Esquadrão entrar em campo, coração parecia que ia sair pela boca, e para aumentar a ansiedade a Polícia Militar do Ceará errou o caminho até o estádio atrasando a chegada da delegação tricolor e consequentemente o início da partida.

Sérgio Soares tomou a decisão correta, pelo menos no ataque, sacou o improdutivo Léo Gamalho e colocou Rômulo, deixando o time mais compacto com quatro homens no meio de campo. Na zaga, promoveu a entrada de Robson no lugar de Thales, 6 por meia dúzia. De resto, o mesmo time que atuou contra o Conquista. Omar, que poderia, aliás, deveria assumir a camisa 1, ficou no banco e Jean permaneceu como titular. Porra é essa, Soares!? 


Com a bola rolando, enfim um futebol digno de uma decisão, jogo lá e cá, emoção à todo instante. Os dois times buscando o gol, o Bahia, mais ousado, se impôs, pressionou, fez o goleiro Luis Carlos trabalhar, teve chances incríveis de abrir o placar, deu espaço, e o Ceará apostando nos contra-ataques, aproveitou. Em um deles, se repetiu o mesmo erro do jogo de domingo contra o Conquista, no gol de Fausto. Bola na área, grande tormento do tricolor, defesa cochila e o zagueiro Charles manda de cabeça no canto esquerdo do goleiro Jean. 1×0.

Na segunda etapa, o Bahia voltou com Zé Roberto no lugar de Rômulo, que vinha até jogando um bom futebol. Jogo continuou corrido, movimentado, o Esquadrão precisava marcar dois e não sofrer nenhum, mas foi o Ceará que marcou, logo aos 6 minutos, novamente em bola alçada na área, dessa vez com o outro zagueiro, Gilvan, se antecipando aos defensores e mandando no fundo da meta tricolor. O milagre operado agora teria que ser maior.

Aí meu amigo, nem o mais otimista e doentio torcedor tricolor acreditava mais na realização de um milagre, fazer três gols nos 40 minutos restantes, ainda mais com um time sem organização tática, jogando na base da vontade, alçando bolas na área de qualquer jeito e tentando em chutes de longa distância com Souza, todas sem sucesso. Aos 43, Maxi Biancucchi ainda fez o gol de honra, tarde demais e ficou nisso mesmo, Ceará 2×1 Bahia, e o time cearense conquista o título inédito da “Lampions League”. 

Nesse momento, temos que pensar e agir com a razão e não com a emoção. É duro, é triste, é difícil, paciência, não é demérito nenhum ser derrotado numa final, não foi o primeiro e não será o último. A vida continua, e o amor pelo Bahia também. Agora é pensar no Vitória da Conquista, domingo sim teremos que operar um verdadeiro ‘milagre’. Por fim, parabéns ao Ceará Sporting Clube, merecido campeão do nordeste de 2015.          

Fellipe Costa

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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