Vitória versus Vitória

Quero dar um tempo nas minhas colunas sobre o meu querido Bahia para analisar um fenômeno não tão novo no E.C.Vitória, como no futebol baiano e brasileiro, que é a figura dos oligarcas do futebol. Não é possível que o futebol continue como uma deferência ao passado e acabe por perpetuar estruturas ilegítimas no futebol moderno para presidir os clubes de futebol. O meu espanto é grande quanto a Eurico Miranda no Vasco e agora outros que querem voltar ao futebol. Algo que me parece completamente anacrônico. Confesso desconhecer o pretendente a presidente do E.C.Vitória, mas fazer com que a sua eleição tenha legitimidade não basta ser eleito pelo velho estatuto, haja vista a evolução do futebol e da necessidade da democratização de todas as instâncias abaixo da nossa constituição com a participação popular e a transparência.

Ontem, o meu Bahia sofria uma intervenção traumática, e o clube não conseguiu ainda saudar as dívidas irresponsáveis das gestão dos oligarcas e não saldou a cultura autoritária por trás dos antigos “donos” do clube, todavia o Bahia na última eleição para seu presidente deu uma prova que a melhor maneira de um presidente chegar a ser de fato uma mudança de paradigmas no futebol terá que ser pela via democrática onde o sócio-torcedor, amante do clube indiscutível e desisteressado, possa avaliar o melhor para o seu clube elegendo o seu repressentante para presidi-lo diretamente.

Pensar o contrário é uma louvação ao passado, aos saudosos, aos abnegados que militam em todos os quadrantes da nossa sociedade mas que não tem o suficiente entendimento do que seja o futebol moderno.

Espero, como bom torcedor do futebol baiano, que o Vitória se integre a nova mentalidade de gerir o futebol como espaço de participação do torcedores nas decisões fundamentais do seu clube, necessariamente política. Estranhe quando alguém disser que política dentro do clube não deve ser falada! Fique atento aos que defendem os velhos métodos, pois futebol, política e religião se discutem muito! Não deixe torcedor sua voz ficar calada e sua vontade ser desrespeitada.

Se o Bahia conseguiu seguir em frente com milhões em dívidas para um nova era que se avizinha promissora, o Vitória também poderá sonhar com novas formas de atuação política dentro do clube. Não há o que temer senão a falta de coragem e atitude.

Que o futebol baiano ganhe com isso tudo e tenha o respeito que merece nacionalmente.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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