Torcedor do Bahia de “zap-zap”

Esse “zap-zap” é hoje a maior droga existente no mundo. Ele, para compulsivos, como eu, está fazendo com que mesmo dormindo ou num semáforo parado, num filme chato ou esperando os meninos na escola, continuemos a bater-papos sem que possamos dimensionar o quanto de tempo perdido nessa atividade perdemos. Impressionante como o tempo passa sem nos apercebemos com esse “brinquedinho” que o mundo lá fora é o que importa. Acredito que em breve durante um jogo de nossos times possamos dar mais ênfase ao que está passando com os comentários dos torcedores dos times adversários “zoados” no “zap-zap” a perceber cada detalhe do espetáculo de futebol durante o jogo.

Foi numa dessas minhas atividades no “zap-zap” que perdi um dos gols do Bahia contra o Jacobina para brincar com o torcedor do arqui-rival do Vitória. Disse-lhes que eles estavam na fila para levar gols de Kieza, Rômulo, Bruno “Paulista” e cia. Aliás, como nosso time parece estar amadurendo uma formação ofensiva consistente, enquanto a defesa vem sustentanto bem a postura do time mais à frente armado por Sérgio Soares. A propósito, é ótimo ver os times de Sérgio Soares porque eles jogam com essa intensidade que estamos assistindo  nos jogos do Bahia. Podem ver que os jogadores chegam quase sempre ao fim do jogo extenuados ou com caiãbras. A torcida do Bahia agredece, Sérgio!

Quarta-feira o Bahia vai para Maceió onde jogadorá mais uma partida pelo Campeonato do Nordeste; numa partida contra o CRB, um verdadeiro teste para o Bahia que junto com o time alagoano disputará a série “B” do campeonato brasileiro. O Bahia, porém, tem um compromisso de continuar apresentando essa consistência ofensiva e defensiva que vem apresentando. Contra o CRB fora não pode o time abrir mão do seu estilo de jogo para recuar o time e deixar a iniciativa das ações pertencer ao time mandante. Ainda bem que os times de Sérgio Soares, desde que o acompanho, são mesmo ofensivos e não temos riscos de ver um Bahia jogando para trás ou aceitando a pressão de time nenhum dentro ou fora da Fonte Nova.

Hoje, pensei em procurar um profissional médico para saber se tem cura esse vício de “zap-zap”. Creio que profissionais estejam já se preparando para uma geração viciada nesse troço. Os detalhes do jogo do Bahia e do zap-zap nas trasmissões televisivas também já são uma realidade enquanto o jogo está rolando. Confesso, todavia, que isso não ameniza nossa solidão. Acredito que, ao contrário, nossa solidão aumente e nosso tempo esteja sendo consumido com besteiras. O tricolor, o zap-zap e o “face” que me perdoem, mas vou pegar é um cineminha ou vou mais ao parque de diversóes com os meninos. Passei um pouco dos limites. Prometi a mim mesmo que vou dar um fim nisso e voltar a ser um torcedor à moda antiga.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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