Depois de um período de intensas tempestades, ventos frios, relâmpagos de vergonha e muita diarreia, começa neste Domingo a era de OURO – próspera e de muitas alegrias, ainda que efêmeras, para a dupla Bahia e Vitória. O finado radialista França Teixeira, tinha por hábito afirmar que: “toda araruta tem seu dia de mingau”, portanto, a partir deste Domingo, irmanados e vestindo aquela falsa armadura enferrujada, os dois maiores clubes do estado, feitos gatos de madame, vão beber mingau preparado com leite de melhor qualidade, com respingos de açúcar refinado.
Se se trata da era do OURO, por que o Campeonato Baiano é a única competição de TODA A TEMPORADA em que a dupla baiana se agiganta, se transformam em imbatíveis, produzindo alegrias, aplicando goleadas em profusão, notadamente, aproveitando-se de adversários semi-amadores que, vitimados pela ausência de recursos, são contaminados pela falta de estrutura e, como consequência, não oferecem resistência importante e fundamental.
Portanto, é hora de aproveitar para festejar, gritar os gols, pular nas arquibancadas, gozar com o adversário, afinal, passado o verão de sol bonito e escaldante, a nossa qualidade, a nossa eficiência enquanto “times grandes”, matadores e competitivos, será colocada em dúvida, com a entrada em campeonatos onde os adversários, no mínimo, usem calça comprida. O ministério do ano passado, avisa e recomenda cautela nas comemorações.
Relacionando seis dos novos contratados, o Esporte Clube Bahia, no Estádio Lomanto Júnior, encara o Vitória da Conquista e, aí, neste instante, saberemos a relação exata entre as promessas e a realidade do time tricolor, agora comando pelo assumido ofensivo Sérgio Soares.
O time conquistense, entre todos os clubes do interior, é o mais simpático e que me parece de maior estrutura, no entanto, ainda que mereça pelo esforço que, mesmo à distância, se apercebe dos seus diretores, ainda não fez a cara feia que a dupla BA-Vi merece, até para crescimento do Futebol da Bahia. Seria fantástico, ideal, um Vitória da Conquista forte, competitivo e brigando braçada por braçada pelo título baiano. Todo mundo saía ganhando, até os perdedores, pelo teste e avaliação submetidos.
Já o Esporte Clube Vitória, dentro de casa, encara o Bahia de Feira. – O time de um tiro só. – Venceu o Campeonato Baiano de 2010 e se apagou. Mudou de rumo, cores, escudo e hino, voltou ao estado original e pouco se sabe do seu potencial para esse Campeonato, no entanto, não creio que deva incomodar. Perder de pouco será visto como o maior mérito de time feirense.
O Vitória relacionou 4 dos novos contratados: Saimon, Amaral, Jorge Wagner e Neto Baiano e busca retornar a supremacia do futebol, baiano raras vezes arranhada pelo Bahia nos últimos 20 anos. Agora, treinado pelo técnico Ricardo Drubscky, o Vitória de Neto Baiano e Jorge Wagner será avaliado no seu novo rebolado, às 18h30 no Estádio Manoel Barradas Carneiro, antes disso, tudo não passa de expectativa.