O Bahia anunciou no seu site oficial, sob o título “O Cruel voltou”, a contratação do atacante Jael, jogador que já teve duas passagens pelo Bahia. Porém, o comunicado publicado era desprovido de maiores detalhes, como duração do contrato e outras informações bem comuns, quando da chegada de um novo contratado.
Já no final da publicação, o diretor de futebol Alexandre Faria, explicava que o Bahia já havia definido as bases com o atleta e o clube estaria ultimando pequenos itens do contrato, que na verdade seria o OK do São Caetano, dono do direito federativo do jogador e contrato em vigor até fevereiro de 2016.
Ontem à tarde, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira, afirmou que não foi procurado pelo Bahia para acertar nenhuma negociação e que tudo não passava de um boato. Já empresário do jogador, Raudinei Freire, confirmou a informação.
O que parece acontecer, é que entre Bahia, Jael e empresário, e com o grupo de investidores nos direitos federativos do jogador, está tudo certo e definido. Mas na parte do São Caetano entrou água. Segundo a Tribuna da Bahia, o Clube paulista não aceita a proposta Tricolor de empréstimo do artilheiro até ao final do ano, e insiste, apoiado provavelmente por uma proposta do Joinville de Santa Catarina, em só negociar em definitivo a parte que lhe cabe, 40%, na transação e, ai, o negócio deu pra traz, já que o Bahia, como sabemos, não tem dinheiro e, por isto, nos últimos anos só contrata jogadores dados ou doados por empresários em busca de prateleiras para expor suas mercadorias, algumas, diga-se, de péssima qualidade.
O curioso desta história não é o fato em si, afinal, a questão pode ser resolvida de uma forma ou outra, a estranheza se dá pelo anúncio de uma contratação ainda pendente e não sacramentada, especialmente quando o presidente Marcelo Sant’Ana, em dias ainda recentes, por prudência, se negou a confirmar as contratações do zagueiro Adriano Alves e do meia Tcho (este ainda não confirmado), por depender, segundo ele, dos resultados dos tradicionais exames médicos de praxe, e no caso Jael, se permite em se aventurar em oficializar uma contratação, sem acertar com uma das partes decisiva e determinante do negócio.