Cai Bahia ou Vitória, ou despenca tudo de uma vez?

O Campeonato Brasileiro, de fato, já acabou. Já temos o Campeão proclamado há já duas rodadas e, neste sábado, foram definidos os clubes que vão participar da Taça Libertadores da América. Só não acabou para o Palmeiras, Vitória e o Esporte Clube Bahia, que lutam pela renovação do alvará de funcionamento como time TIPO A, para o exercício 2015. O favoritismo é claro e indiscutível para o time paulista que, apesar de tão ridículo e medíocre quanto a dupla baiana, jogará no seu estádio diante de mais de 40 mil torcedores e fazendo jus da tradição do futebol brasileiro, terá os ventos soprando a favor, além de obter os benefícios de todas as dúvidas, quando as incertezas atormentarem o juízo do árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden.

As chances de classificação de Bahia e Vitória são reduzidíssimas, beirando a casa do nada-quase-nada, considerando o antes que, infelizmente, não autoriza qualquer entusiasmo, especialmente para o Bahia, que se não bastasse necessitar de resultados improváveis, como o Palmeiras perder e o Vitória empatar, terá que vencer o Coritiba dentro de casa, sendo que este, é UM DOS problemas pela falta de qualidade do time tricolor, ainda que o adversário esteja a fim mesmo é de fazer festa para a despedida de Alex.

No campo o raciocínio lógico e responsável, o clube, depois de quatro anos se agarrando de pau em pau, está inapelavelmente rebaixado com todos os créditos e méritos de um time fraco, asmático, raquítico, montado e administrado por uma diretoria que avançou em alguns aspectos, mas que, imperdoavelmente, fracassou no principal, que é o futebol, quando afundou aquele que prometeu fazer voar.

No entanto, quando se entra no terreno ou terreiros das assombrações e milagres, é possível encontrar abrigo no quase imaginável, para cultuar um restinho de esperanças, das quais honestamente não acredito, ainda que reconheça que o torcedor do Bahia não mereça esse sofrimento, que só não será maior, caso se concretize, por se tratar de uma morte anunciada e quem não comprou a vela, apela para isqueiro, mas não deixa de participar da romaria dos rebaixados.

No entanto, o meu conhecido espírito-suíno não pode ou deve ser a última palavra do BLOG, notadamente quando confrontado com o que pensa e escreveu o amigo e descontaminado Felipe Costa, que recorda milagres, coloca figa e bota fé na mística tricolor. Você pode ler aqui.

A situação do Vitória, ainda que complicada, é melhor que a do Bahia matematicamente, já que precisa de si e de tropeço único, o do Palmeiras, contra o Atlético-PR, MAS como o obstáculo é o mesmo e o Vitória é da mesma linhagem do Bahia, ambos acusados pela tabela de pontuação como times ridículos, podemos hoje, por volta das 18h30 e seus acréscimos, presenciar não tão somente a queda da dupla BA-VI, como também o desabamento do futebol da Bahia por inteiro, exceto, é claro, a sede da Federação Bahiana de Futebol ou a cadeira do Marechal Ednaldo Rodrigues, que não sofrerá qualquer abalo na hipótese do pior acontecer, ou até que o mundo venha a se acabar em desgraça.

Para o Vitória, com um agravante. Não será uma morte anunciada, já que o clube entrou no ano de 2014 com aquela conhecida moral de jegue lá nas alturas, embalado com a conquista do Campeonato Baiano e o 5º lugar do Brasileiro de 2013. No decorrer do atual Campeonato, deu alguns sintomas que a política das contratações de jogadores da língua embolada, senão fosse capaz de repetir o feito, pelo menos sobreviver um ano novo na Série A, quando entrou e saiu na zona de rebaixamento na mesma volúpia de um ato sexual, dando a impressão aos seus torcedores, que ao acender das luzes estaria dentro e encaixado.  Agora, será duro saber que o filho não é seu.

Seja como for, resta ao torcedor desmamado das preferências desse ou daquele, acreditar que, pelo menos, reste um dos baianos, já que ambos é impossível. Para aquele que sobreviver, vai o alívio, chega a comemoração; para o excluído, a resignação e a certeza que já nos primeiros raios de 2015, terá Catuense, Jacobina e outros para estraçalhar e, imediatamente, se reerguer e novamente ser apontado como um dos grandes clubes do futebol nacional, por seus já recuperados torcedores.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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