A Seleção Brasileira vai para o divã

Por Marcelo Bertoldo

‘Ninguém quer ser Barbosa’. A frase do zagueiro tetracampeão Márcio Santos resume o sentimento de uma Seleção que, às vésperas do decisivo confronto contra a Colômbia, dá mostras de muita instabilidade emocional. A pressão do favoritismo pesa. Preocupado, o técnico Luiz Felipe Scolari convocou um grupo de jornalistas depois do treino de ontem, na Granja Comary. Motivo: um pedido de ‘socorro’ a atletas que estão jogando com a emoção, e não com a razão. E mais: convocou a psicóloga Regina Brandão para uma reunião.

A alegria que caracterizava a Seleção antes do início do Mundial deu lugar à tensão que tem crescido a cada etapa cumprida. Assim como a cobrança da imprensa e dos torcedores mais exigentes por um futebol convincente.

Ficou claro que há jogadores que não têm chamado a responsabilidade. A oscilação pela falta de controle ficou evidente assim pela dificuldade enfrentada contra o Chile. Fato que compromete até mesmo o aspecto tático.

O poder de reação de Hulk, que falhou no gol chileno, e o exemplo dado por David Luiz, que, até ao respirar sentia fortes dores nas costas no sábado, foram exaltados pela comissão técnica.

Disposto a evitar que o grupo se perca e acabe marcado pelo fracasso que crucificou Barbosa na Copa de 50, Felipão chamou a psicóloga para trabalhar o emocional. A Seleção está no divã, embora jogadores neguem isso.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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