Colômbia 2×1 Costa do Marfim: Crônica da partida

Logo no aquecimento dos times, a torcida cafetera deu uma mostra do que estava por vir. Os gritos de “Colômbia” ecoaram forte no momento da entrada dos jogadores, enquanto os marfinenses foram recebidos por uma sonora vaia. 

A “onda amarela” rapidamente contagiou grande parte dos brasileiros que estavam no estádio, muitos camisas amarelas da Seleção, e o domínio colombiano nas arquibancadas ficou ainda maior. Quando o jogo começou, a dupla Cuadrado e Teó Gutierrez tratou de incendiar ainda mais a torcida. Aberto pelo lado direito, o camisa 11 de cabelo invocado foi o responsável pelas melhores chegadas dos “donos da casa”, sempre buscando o centroavante substituto de Falcão.

Em 15 minutos, os dois já tinham criado três boas chances. Em uma delas, Gutierrez finalizou com perigo à esquerda da meta de Boubacar Barry. Pouco depois, o camisa 9 perdeu a melhor oportunidade de gol do primeiro tempo: Cuadrado puxou contra-ataque e lançou na esquerda para James Rodríguez, que passou a Teó, mas o atacante, sozinho na área, acabou finalizando mal. Apesar do erro, o jogador recebeu o apoio da torcida, que cantou seu nome logo na sequência.

O susto pareceu acordar o time da Costa do Marfim. Ainda sem Didier Drogba, que ficou mais uma vez no banco por opção do técnico Sabri Lamouchi, os Elefantes tentaram explorar no início, sem muito sucesso, as velocidades de Gervinho e Max Gradel (que começou o jogo no lugar de Kalou, única mudança em relação à vitória sobre o Japão). No entanto, na segunda metade do primeiro tempo, o time passou a tocar mais a bola e buscar sua principal estrela, Yaya Touré, no meio-campo.

Sob comando do jogador do Manchester City, os africanos chegaram bem ao ataque e levaram perigo em chutes de Aurier e Gradel, esfriando um pouco a torcida colombiana nas arquibancadas. Pouco antes do intervalo, o zagueiro Mario Yepes, sentado no chão, fez ótima jogada ao roubar a bola de Gradel, trazendo os torcedores de volta para o jogo. Mas a Colômbia não conseguiu retomar o bom momento do início da partida, e o primeiro tempo terminou mesmo sem gols.

Colômbia abre vantagem, sofre pressão, mas vence

O segundo tempo voltou equilibrado e movimentado. As duas equipes se lançavam ao ataque e deixavam espaços na defesa. Em uma boa descida colombiana, Cuadrado, sempre ele, fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro, mas James Rodríguez não conseguiu escorar para o gol. A resposta dos Elefantes veio com Yaya Touré, em cobrança de falta, e Bony, em tentativa de bicicleta dentro da área. Mas foi a Colômbia que esteve mais perto de marcar: Cuadrado mais uma vez recebeu na direita, limpou a marcação e bateu firme. O goleiro espalmou e a bola carimbou o travessão.

Aos 12 minutos, a torcida brasileira, que no início apoiava a Colômbia, começou pedir por Drogba em campo. Pedido atendido dois minutos depois pelo técnico dos Elefantes. O que Sabri Lamouche atendeu ao pouco depois. O que ele não contava era que veria seu time sofrer um gol logo na sequência. Aos 18 minutos, James Rodrígues se apresentou para cobrar escanteio para a Colômbia, mas preferiu deixar Cuadrado na bola e foi para a área. Sábia decisão. A bola foi na cabeça de James, que ganhou de Drogba e Zokora no alto e testou para a rede: 1 a 0.

A Costa do Marfim saiu imediatamente para o ataque, apostando na presença de Drogba na frente. Mas os Elefantes acabaram sofrendo o segundo gol pouco depois. Serey Die bobeou e perdeu dividia com Teó, a bola sobrou para James Rodríguez, que passou para Juan Quintero, que havia entrado no início do segundo tempo, marcar o segundo, para delírio dos colombianos no Mané Garrincha.

O time africano não se deixou abater com o segundo gol e respondeu três minutos depois: Gervinho fez ótima jogada individual pela esquerda, invadiu a área, e fuzilou o goleiro Ospina. Os colombianos poderia ter matado o entusiasmo marfinenses aos 43, quando Quintero viu Barry adiantado e mandou de longe, mas o goleiro se recuperou e evitou o que seria um golaço. Daí para a frente, foi pressão total dos marfinenses, com direito a Ospina saindo do gol para salvar aos pés de Drogba já nos acréscimos, mas com o apoio da torcida a Colômbia conseguiu segurar a vitória: 2 a 1.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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