Lateral fala sobre renovação ‘Quero muito ficar’

Revelado pelas categorias de base do Bahia, o lateral Jussandro pode está de saída do clube. Faltam alguns meses para o término do seu contrato, diretoria e empresário do atleta ainda não chegaram a um acordo.


O jovem atleta conversou com o Bahia Notícias e disse ter propostas para deixar o clube no meio do ano. Mas, com contrato encerrando em julho, ele garante que a prioridade é renovar com o esquadrão. Clube que, para ele, o cativou pela torcida e os bons momentos enquanto júnior.


Jussandro renova ou, após julho, deixará o Bahia?
Meu pensamento, desde o início das negociações, é ficar no Bahia. Quero muito ficar. Eu gosto de estar no Bahia, já demonstrei isso várias vezes, mas a decisão cabe ao meu empresário e à diretoria do clube. Não vai depender de mim, mas, como já disse, meu desejo é continuar.

E, neste período, como está a relação com o técnico Marquinhos Santos?
Cara, o Marquinhos Santos é um treinador excelente. Ele por muitas vezes, mesmo sem estar jogando, conversa comigo. Me passa conselhos e muita força. Não tenho o falar mal dele.

Por que Jussandro não está jogando ou sequer sendo relacionado?
Não é por opção minha, infelizmente. Foi uma decisão do clube por causa do meu contrato, que acaba no meio do ano. Enquanto não resolver ficou decidido que não jogarei.

E você tem conversado com o diretor William Machado sobre isso?
Comigo diretamente ninguém conversou sobre isso. Aconteceram reuniões com meu empresários e nada foi concretizado. Quanto a pessoa do William, ele demonstra ser um bom profissional. E, com ele, acho que o Bahia ainda vai crescer muito.



Mas, antes deles chegarem, você assume que caiu de produção?
Não mudei. O que aconteceu, pra mim, foi uma questão envolvendo o tempo de preparação. Eu, em 2012, consegui me condicionar muito tempo e tive uma sequência como titular. Ano passado, o time todo teve pouco tempo como está sendo neste ano. A parte física pesa muito, e acredito que meu futebol não evoluiu por causa disso. Mesmo assim, no início do Brasileirão, comecei como titular. Sofri uma lesão na quinta rodada, Raul entrou e ganhou a posição.

Por que grande parte do time vice-campeão da Copa São Paulo não engrenou no Bahia?
Eu acredito que faltou paciência com os garotos, principalmente depois daquela nossa campanha na Copa São Paulo. Com certeza, caso ganhassem mais espaço, eles teriam conseguido se firmar no Bahia.

E qual era o diferencial daquele time do Bahia na Copinha de 2011?
A união, o conjunto do grupo. O nosso ambiente era muito bom, todos se respeitavam muito. Isso falou mais alto durante a competição, sem falar no treinador Laelson Lopes. Hoje, se continuou no Bahia, devo muito a ele, que é um pessoa admirável.

Você vê os garotos da base do Bahia muito pressionados pela torcida?
Na minha opinião, por ser da base, o torcedor deveria ter mais paciência com os meninos. A cobrança não poderia ser igual ao que aconteceu com os outros de fora.

O que acontece com Madson é um exemplo?
Ele tem sofrido muito com isso. A torcida do Bahia, quando o time não joga bem ou leva o gol, escolhe sempre alguém para criticar. Madson, muitas vezes, vira o alvo injustamente. Ele está jogando bem.

O possível interesse da Roma, na temporada de 2012, mexeu com você? 
Não sei muito bem o que aconteceu naquela época. Soube apenas de uma conversa, que procuram meu empresário, mas nada oficial chegou até mim.

Hoje, sem jogar, se arrepende de não ter saído quando estava com FGTS atrasado?
Não me arrependo de ter ficado no Bahia. Sou muito feliz até hoje aqui, onde portas foram abertas para minha carreira. E, se depender de minha vontade, vou seguir no clube.

Jorginho foi o melhor treinador com quem você trabalhou?
Pelo tempo de convívio, pela confiança que me passou, foi com quem passei a melhor fase. O Marquinhos Santos, apesar do pouco tempo, também demonstrou ser muito bom, além de lidar bem com todo grupo.

Por falar no grupo, você tem apoio dos ‘medalhões’?
O grupo é muito bom. Omar e Fahel, por exemplo, são pessoas que sempre estão comigo, ao meu lado, com palavras de apoio e carinho.

Você está incomodado com esse período de inatividade? E sua família?
Estão todos conscientes, tranquilo, e super bem. Eles me pedem calma, paciência, e acreditam que tudo em breve vai se resolver.

Tem propostas para deixar o Bahia?
Existem outras propostas para deixar o Bahia. Mas, como já afirmei, eu prefiro continuar no Bahia. Vou fazer todo esforço até o último momento para renovar, e sei que minha família vai me apoiar.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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