Cabeça de técnico – Terra de ninguém. Jacuipense 0x1 Bahia

Se você fosse técnico de futebol e estivesse com seu cargo por um fio, o que você faria?
Provavelmente, escalaria o que de melhor você tem no elenco para o jogo seguinte. Colocaria os jogadores que a Torcida do seu time aprova, e é claro, não colocaria os já reprovados. Mas você não é treinador e possivelmente não sabe o que se passa na cabeça dessa categoria profissional.

O Bahia sai pra jogar contra a Jacuipense, no ex-PituAço, hoje, Estádio Roberto Santos. Antes do jogo, ouvi na rádio que Marquinhos Santos, teria escalado 3 volantes para a partida, em função da Jacuipense ter colocado 5 homens de meio campo. Pensei: “rapaz, o Bahia mudando seu jeito de jogar pra encarar um time do interior. Que coisa”.

Mas, vamos pra frente. Em campo, o técnico que chegou falando da “herança maldita” de dois anos jogando com 3 volantes, escalou 3 volantes e improvisou um volante de origem, Talisca, como meia. Só que o “miserável-favorito” de João Andrade, resolveu jogar bola.

A zaga do Bahia quase não apareceu no primeiro tempo. Assim como Raul, no campo ofensivo, Titi e Lucas serviram apenas para representar. O Tricolor dominava e Maxi, que tinha sido horroroso no jogo passado, aparecia muito bem no ataque e finalizava muito mal.

Madson acertou cruzamentos, apoiou o ataque, roubou bola, cruzou várias erradas, mas ainda assim, houve uma melhora significativa.

Pittoni voltou a jogar bem. Rhayner foi mais uma vez o jogador que a Torcida gosta. Vai pra cima, corre muito e disputa cada bola como se fosse um prato de feijão.

Talisca, dessa vez, sim, o melhor em campo, só faltou fazer chover. Acertou um voleio na trave, cruzou várias pra Maxi perder, e numa jogada de linha de fundo, fazendo o papel de Raul, cruzou na medida pra Pittoni brocar.

Era o gol do triunfo, do jogo, da redenção, o longa-metragem que daria origem a uma série de gols, mas…

Veio o segundo tempo e a cabeça do treinador que tanto elogiei por entender a Torcida, parece que deu um nó. Maxi entrou, continuou se esforçando, o gol do cara era uma questão de tempo, mas ele tira o camisa 7 com 10 minutos de jogo. Ouviu o primeiro grito de burro da noite.  Rafinha, que entrou muito bem contra o Galícia, dessa vez ficou de fora. Pra piorar, o menino Nadson fez muito pouco. Fahel sai de campo e quando todos esperavam a estreia do Emanuel Biancucchi, eis que surge das cinzas o esquecido, Wangler. Mas uma vez, a Torcida homenageou o treinador.

O jogo seguia equilibrado. Chances para as duas equipes. Aí o cara tira o melhor jogador em campo, pra ser aplaudido, talvez. E coloca o último resquício do time do Bahia que jogou a série b, em campo. Vaias, gritos de burro, aplausos pra Talisca e mais vaias e gritos de burro, pra quem entrou e pra quem colocou, respectivamente.

Pra sorte do Bahia, a porrada do atacante dos caras bateu na trave e saiu. Senão, papá, estaria falando do Marquinho Santos como ex-treinador do time.

Bora Baêa Minha Porra! As pouco mais de 1500 testemunhas presentes ao estádio, vaiaram um treinador que venceu a partida. Vaiar o cara perdendo, é fácil. Mas a Nação Tricolor está vaiando um cara que saiu ganhando. E porque? Simples. O time vence, mas não convence. Ganha de 1, quando se houvesse a lógica na cabeça do treinador, daria uns 3 ou 4.

Em minha cabeça esperançosa e cheia de boa vontade com todo mundo, penso que ele está querendo ver os jogadores em campo. Dar chances a cada um deles, usando as competições “menores” como testes para o Brasileirão. Só que aí, broder, pode custar sua cabeça em pouco tempo. Vencer o Baiano é obrigação! Sem ele, a permanência do treinador é tão incerta quanto a estreia do outro primo de Messi…

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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