O presidente que ignorou a nação tricolor

O presidente destituído do E.C.Bahia com toda a certeza foi o presidente mais odiado de sua história. Ele esbanjou soberba, destratou torcedores e sócios, ignorou o estatuto do clube, ofendeu a todos os tricolores com promessas falsas e virou alvo de piadas da torcida adversária. Ele criou um Bahia para ele  mesmo, como se o pai o legasse como herança um brinquedo, e o pior: ignorou os apelos da nação para a democratização do clube e fez de cada passo seu inicial no sentido da abertura do clube voltar-se ao final contra ele mesmo ao aprovar um estatuto fajuto numa farsa que ele criou sem vergonha. 

E se ele falhou administrativamente, acertou também em alguns momentos, o Bahia parecia estar caminhando num processo de abertura e desenvolvimento de um corpo social altivo e participante, mas ele parecia esconder mesmo era algo na sua personalidade dividada entre interesses familiares, estranhos ao E.C.Bahia, agora revelevado em toda a sua extensão e prejudicialidade. O Bahia do presidente “inominável”, como alguns preferem chamá-lo, não conseguiu vislumbrar toda a grandeza que esse clube representa e foi o “Luís XVI” do Bahia, porém sem a grandeza da realeza francesa.

O Bahia levará pela primeira vez na história um momento de intervenção judicial na gestão do destituido, um momento em que perdeu patrimônio e se apequenou como clube. O clube da piscina olímpica cedeu ao discurso que priorizaria o futebol com investimentos maciços até tudo ficar claro que era um processo de decadência, um desgate impressionante no início do ano com relevelações pela imprensa bombásticas de má gestão e uma política de tratamento com o futebol do clube que ficou marcado no final pela imensa incapacidade do ex-presidente em honrar contratos e cumprir promessas. Os jogadores eram os principais alvos da torcida, mas ficou clarou que o ambiente no clube era o pior possível.

As tentativas de fazer um Bahia para todos os tricolores, contudo, não morreram. Hoje, o Bahia recuperar-se principalmente na forma de tratamento que dispensa a sua torcida com prioridade para os sócios e transparência. O Bahia que não foi o do ex-presidente, agora é o Bahia da torcida. O Bahia de um conselho, de indepedentes homens de valor na sua composição do deliberativo ao financeiro. O tricolor de aço não deve esquecer esse exemplo de luta de tricolores que agora testarão sua capacidade de gerir também um time inteiro de futebol na temporada com total independência. Os problemas financeiros não cessaram, mas o Bahia tem seus sócios e tem sua torcida com a recuperação desse maior patrimônio da Bahia esportiva, o amor da torcida do Bahia.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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