Cristóvão, frouxidão e incoerência. Bahia 1×1 PonteZ4


Era uma vez um time apático. Desestruturado, com salários atrasados, jogadores barqueiros, medianos e um técnico, que havia feito milagre no passado, já não conseguia mais trabalhar. Eis que o rei deposto chama de volta um treinador que a torcida não queria. Os problemas continuam e surge um terceiro treinador. Dessa vez, ao invés de um jogador que ganhou o Bahia, como era de costume, agora trouxemos um técnico que o Tricolor havia empurrado para a demissão no Vasco. Falei isso na chegada dele e critiquei. Mas… o cara conseguiu reanimar o time, ajudou a levantar o moral dos jogadores, respeitava a instituição, jogava pra vencer, sem medo e passamos a brocar. Fiquei feliz de ter queimado a língua. Hoje, São Cristóvão, vem se acovardando a cada jogo, desrespeitando a Torcida usando Madson e reintegrando “barqueiros” (como Souza, Neto…), fazendo o maldito do rodízio que não funcionou com Jorginho (e não tem um Homem pra dizer que isso já deu merda), enchendo o time com volantes (mínimo 3 com mais um improvisado) e entrando com medo dos times do Z4.
 

Pra piorar o Bahia usou a imbecilidade da tática de “cavar cartões” para que alguns jogadores não ficassem de fora do Bavice. Pergunto: o clássico vale 6 pontos? Deve ser, porque não entendo o que justificaria menosprezar os 3 pontos do jogo contra a Ponte. Clássico é clássico, não tem favorito, e já vi de tudo acontecer. Bahia vindo embalado, o rival mal, íamos pra cima com toda confiança e… tomávamos 1×0. Em outros, o Tricolor acabado, lascado, o rival bem e… a gente ia lá e vencia. Então não seria mais fácil priorizar um jogo contra um time na zona de rebaixamento e depois pensar no Bavice? Mas não, três jogadores forçaram o cartão, Lucas Fonseca, Helder e Walyson. E aí, com time modificado, partíamos pra cima da Macaca? Só que não!

O time entrou em campo perdido. E isso era claro desde o início. Faltava um meia, e Marquinhos Gabriel não estava bem. A Ponte mostrava porque estava no Z4. Time tão ruim que depende de Rildo para atacar, “pense aí”. Mas numa bobeada do Bahia, a lateral direita rebatizada de Madson Avenue, obrigava Rafael Donato (substituto de Lucas) a tentar sair na bola. Corte pra dentro e chute pro meio, gol de Batoré. A partir daí, vaias ostensivas a Donato, que depois se recuperou. Mas o que ficava evidente era a tentativa de Titi de armar as jogadas. Com os 2 volantes que não ajudavam o ataque e Fahel errando tudo, a coisa tava feia. Mas se tudo dava errado na direita, Marquinhos Gabriel parte na esquerda e acha Rafael Miranda que toca pra Fernandão empatar. Fim de primeiro tempo e vaias misturavam-se aos aplausos…

Na volta as vaias não encontravam com que se misturar. Souza foi vaiado desde a entrevista até a entrada em campo. Achou uma bola na intermediária, chutou fraco, recebeu os aplausos da Torcida e a pressão diminuiu sobre ele. Raul entra no lugar de Jussandro e melhora a esquerda. Agora a gente vira. Só dava Bahia e o meia da Ponte fez os mais de 11 mil torcedores da Fonte Nova ficarem com inveja. Duas enfiadas de bola no meio da zaga do Bahia, em profundidade. Lomba salvou. Era só isso que a gente queria, um meia que acertasse os passes. O Tricolor tentava, a Torcida pedia Wangler no lugar de Fahel e Cristóvão conseguiu tirar todo mundo do sério. Colocou o seu 4º volante em campo, tirou Donato e recuou Fahel. Foi de uma idiotice tão grande, de uma covardia tão absurda, que nem os fãs do técnico tiveram coragem de tentar defender. Na coletiva ele tentou justificar: “precisávamos fechar os espaços do meio”, ou seja, pra eu não tomar mais um gol, jogando em casa, contra um time do Z4, coloquei um marcador. Depois disso o time tentou com cruzamentos na área, mas foi inócuo.

São Cristóvão, padroeiro dos barqueiros e dos motoristas, vá se lascar com tanto volante e tanta covardia. Perdemos 6 pontos contra 3 times do Z4, dentro de casa, sempre com seus malditos 4 volantes para fechar os espaços. Ganhamos do Botafogo com sua ousadia de mandar o time pra frente, virando a partida em pleno Maracanã. Então pra que diabos tanto medo de perder? Se a partida contra o rival, você acredita que seja mais importante que a de hoje, é capaz de a escalação ser: Lomba, Madson Avenue, Lucas Fonseca, Donato, Raul. Hélder, Fahel, Rafael Miranda, Feijão, Fabrício Lusa e Diones. Sinceramente, cansei de tanta covardia…Bora Baêa Minha Porra! Acredita na porra do time, Cristóvão. Se continuar jogando pra não perder, não vai ganhar porra nenhuma, velho. Volta ao começa, traz de volta aquele Cristóvão que chegou aqui no fim do baiano e vamos pra frente. Porque esse, tá difícil…

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

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