O Esporte Clube Vitória emprestou o atacante Willie ao Vasco, no último mês de Julho e, na ocasião, emprestou também outra promessa da base, o atacante Allan Pinheiro para o futebol japonês, sendo que ambos estavam fora do elenco principal, especialmente Willie, que vindo de cirurgia, perdeu espaço após a chegada do ex-técnico Caio Júnior.
Emprestá-lo ao Vasco, um grande clube do futebol brasileiro, é o mesmo que valorizá-lo, colocando o atleta no mercado aberto das negociações em uma prateleira de maior visibilidade, bem diferente do que foi feito com o atacante Gabriel do Bahia, agora no Flamengo, em uma transação nebulosa.
Mas a Tribuna da Bahia desta terça-feira, na sua página de esporte, tem uma visão completamente diferente, acredita que o jogador foi menosprezado pela direção rubro-negra e que o atacante teria melhor desempenho que os atuais “meias bocas”.
De acordo com o Jornal, enquanto em Salvador, em pleno Barradão, o Vitória penava e levava sua torcida ao desespero pela falta de qualidade do time na derrota de 1 a 0 para o Criciúma, em Belo Horizonte, o Vasco resistia ao Cruzeiro, no Estádio do Mineirão, com dois gols de Willie, revelado na Toca do Leão e emprestado ao time carioca, depois de ter sido encostado e menosprezado pela direção do Rubro-negro baiano.
Nenhum dos garotos revelados nas Divisões de Base do Vitória, campeões da 1ª Copa do Brasil Sub-20, ganhou vaga, espaço no time de profissionais, como o atacante Willie. A opção da administração do presidente Alexi Portela preferiu preterir a prata da casa para contratar jogadores “meia boca”, de qualidade duvidosa e rumo ao fim de carreira, que lotam o Departamento de Futebol, oneram a folha e não dão resultado dentro de campo.
Enquanto Edson Magal, outro campeão da Copa Brasil Sub-20, não foi sequer relacionado para o banco de reservas, Elizeu, que veio de graça do futebol de Portugal, estava no Estoril, trazido pelo seu empresário e substituído no intervalo da derrota para o Criciúma, e apontado por setores da imprensa como o pior jogador em campo.
Só este ano, o Vitória já contratou dois times e alguns reservas, 25 jogadores. Investimentos de qualidade duvidosa e que lotam o banco de reservas, como o meia Camacho, o atacante Pedro Odoni, o lateral-direito Daniel Borges, sem contar com o zagueiro David Braz, outro afastado e “queimado” na Toca do Leão.