Créditos e méritos do EC Vitória

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Futebol não deve ser tratado como uma ciência exata e em alguns momentos requer correr riscos. Foi com esse pensamento e determinação que o técnico Ney Franco bancou a escalação do jovem Luiz Gustavo atuando na frente da zaga cobrindo a subida dos laterais junto com o volante Elizeu.

Risco calculado a equipe rubro negra adotou logo nos primeiros minutos da partida uma postura tática de forte marcação no campo do Atlético PR que passou a ter muitas dificuldades para sair jogando e ter o controle das principais ações no início da primeira etapa.   

Não foi apenas a boa estréia de Luiz Gustavo dando uma maior proteção a zaga que fortaleceu a marcação. O time do Vitória como um todo tinha funções de anular as principais jogadas do furacão. Até mesmo o centro avante Dinei voltava para marcar no meio de campo e nas cobranças de escanteio do time adversário se posicionava na área para ajudar e tirar as possíveis bolas que levassem perigo ao gol do goleiro Wilson que pouco trabalho no primeiro tempo.

Renato Cajá que passou uma semana turbulenta com as críticas ao seu futebol espantou a zica participando da jogada e chegando na área para finalizar e abrir o marcador. Gol importante para reduzir o ímpeto do Atlético PR e trazer tranquilidade e confiança ao meia rubro negro.

E como pregava o mestre Telê Santana somente o treinamento contínuo se aproxima da perfeição. Depois de sucessivas tentativas o lateral Ayrton acertou uma bela cobrança que desviou na barreira e estufou as redes do goleiro Weverton que nada pode fazer.

Centro avante vive de gol e para manter a titularidade Dinei que teve uma função tática de muita movimentação ampliou o marcador em jogada de velocidade tirou o zagueiro Luís Alberto e na diagonal bateu forte cruzado sem chances para o bom goleiro do Atlético PR.

Primeiro tempo do Vitória perfeito com uma proposta ousada do técnico Ney Franco de forte marcação e explorando os contra ataques que surpreendeu a Vagner Mancini que viu o rubro negro tomar conta da partida e sair com o placar de 3×0.

Como era esperado na etapa complementar era natural que o time da casa viesse para cima em busca de reverter o placar. O recém contratado Roger entrou na partida e foi o responsável por dar uma maior movimentação no ataque. Dessa maneira foi dele o cruzamento para o baixinho Ederson subir livre de marcação e cabecear para o gol de Wilson diminuindo o placar.

Esse gol renovou o animo do time da casa que continuou pressionando em busca do segundo gol. Vagner Mancini adiantou a marcação e o Vitória tinah dificuldades em sair da pressão imposta pelo furacão. 

Em mais um lance em que a zaga rubro negra não conseguiu tirar o perigo da área e encaixar um contra ataque, novamente ele Ederson arrisca um chute de fora da área que desvia em Victor Ramos e trai o goleiro Wilson. O artilheiro do brasileiro faz o seu  15º gol na competição e incendia a torcida atleticana nas arquibancadas na fria noite de Curitiba.

O Vitória não reeditava nesse momento a boa atuação do primeiro tempo e assistia o Atlético PR jogar. Submetia a pressão do time da casa e não conseguia ter a posse de bola para administrar o fator emocional da partida.

Buscando mudar o panorama da partida e agredir mais, Ney Franco tira o meia Renato Cajá e coloca o centro avante Alemão com a intenção de prender mais a bola no ataque.

Mas, aos 23 minutos Luiz Gustavo vacila na marcação e permite que Roger se posicione à frente e livre de marcação cabeceia para a meta do goleiro Wilson decretando a igualdade na partida. Festa rubro negra do time da casa que consegue o que parecia improvável empatando a partida em 3×3.

Golpe duro para o Vitória que não merecia esse placar por tudo aquilo que havia jogado no primeiro tempo. Mas, honrando suas tradições de garra e superação, cobrança de tiro de meta de Wilson em que Dinei disputa a bola no meio de campo. Alemão que entrou com disposição divide a bola que sobra para a qualidade do passe de Marquinhos que encontra Willian Henrique livre de marcação e com categoria bater no canto do goleiro Weverton colocando o Vitória bonito na frente.

Não demorou muito e o leão em nova jogada de contra ataque que começou com Ayrton que tocou para o garoto Willian Henrique que com personalidade invadiu a intermediária sobrando a bola para Alemão. Com tranquilidade o atacante esperou a passagem de Willian Henrique que milimetricamente encontrou Ayrton na área que acertou um chute cruzado de primeira indefensável para o goleiro atleticano que nada pode fazer.

Vitória maiúscula do Vitória, cabe a redundância, que superou um dos principais clubes do campeonato brasileiro jogando fora de casa com autoridade e anulando principalmente no primeiro tempo o ímpeto de um dos ataques mais positivos da competição.

Créditos ao competente técnico Ney Franco que despistou boa parte da imprensa local com sua pretensa formação inicial, mas colocou a campo uma estratégia eficiente e que conduziu o time a conquista de mais três pontos e aproximação do G4. Méritos aos jogadores que assimilaram a filosofia do treinador e se empenharam em campo e tiveram a competência nas finalizações para sair com essa importante VITÓRIA !!!! 

Alessandro Granda, é torcedor do Vitória, parceiro, colaborador, estudante de jornalismo e administra também o BLOG Pauta Esportiva

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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