Quem será o próximo Califa do Bahia?

A caça ao tesouro começou. Aproxima-se o dia em que o Esporte Clube Bahia terá novos donos. Quem será o próximo Califa do Bahia? Não me arrisco a um palpite sobre as qualidades ou a falta delas nos candidatos em pauta, minha avaliação sobre o futuro Califa do Bahia só poderá ser feita algum tempo depois de iniciado seu califado, porque eu só tenho interesse pelos resultados em campo e isto implica que eu avalio o gestor do Bahia exclusivamente pelos resultados que o time conquista em campo, não me interessa nenhum atributo pessoal ou moral do dirigente, apenas me importa sua eficiência para que o time tenha bons resultados em campo. Daí a minha esperança em “um” Maracajá ou em “um” Osório (quem sabe para escrever o volume 2 de certo livro?).

Estes foram os dois únicos gestores do Bahia que, até o presente, deram projeção nacional ao Clube, projeção esta que veio e só pode vir com a conquista de títulos nacionais de primeira classe. O passado de glórias, que a torcida acertadamente grita em alto e bom som, foi essencialmente construído por eles dois. Os outros dirigentes acumularam apenas títulos domésticos (por razões óbvias devem ser excluídos os gestores anteriores a 1959), sequer chegaram próximo de um título nacional relevante. Há os que dizem que Osórios e Maracajás não têm mais lugar no “Novo” mundo do futebol. Pena que estes Çábios não digam de modo claro, objetivo e direto que características do mundo do futebol foram alteradas para que possamos avaliar se, de fato, Maracajás e Osórios tornaram-se obsoletos.

Há os que, como meninas-moças, gritam em defesa da moralidade. Se algum dia a Decência decidisse fazer sua morada na Terra, eu não sei que lugar ela acharia estar à altura dela, mas, com certeza, este lugar não seria o mundo do Esporte. Desconfio da integridade moral de quem procura se realizar moralmente através do Esporte. Eu me contento em me realizar moralmente nas minhas relações com meus amigos, com os membros de minha família que não sejam escrotos e em outras relações onde a dignidade humana seja relevante.

Sucesso aos novos donos do Bahia, que eles encontrem em Osório e Maracajá a inspiração para recuperar o prestígio do Clube, que foi atirado na lama pelos gestores dos últimos 15 anos. De minha parte, não me importo com os meios que serão utilizados na recuperação do prestígio do Tricolor de Aço, excluídos os que violem o Código Penal e a dignidade da pessoa humana.

Dinensen

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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