O valor dos sócios do Bahia

Uma questão de conceitos ou pré-conceitos? Quando assistimos uma teorização e qualificamos determinados fatos por um juízo de opinião estamos apenas exteriorizando mais quem nós somos que a realidade analisada, pois jamais um juízo formado em opinião pode ser algo crível sem que definamos sequer o objeto de investigação. Ou seja, quando predicamos algo sem delimitarmos um ponto sequer para analisarmos e delimitarmos o objeto de estudo ou propor um método na verdade estamos é generalizando e fundamento nosso ponto de vista sobre realidades pré-concebidas.

Vamos aos fatos. Quem procurou a justiça foi um associado do Bahia, não foi o interventor. Qualificação mais que suficiente ser sócio do Bahia para a justiça se movimentar, do contrário o torcedor vai ficar sempre esperando um salvador. Um sócio em particular, Jorge Maia,  dentre muitos que intentaram na justiça baiana, entrou contra a direção do clube na justiça. O valor de justiça  deduzido pelo juiz da causa a partir de provas trazidas através doa autos formaram uma convicção ao magistrado sobre a ilegitimidade das eleições do Bahia.

Existem leis no tricolor acima dos interesses personalistas e casuais de seus dirigentes, o estatuto do clube. Os dirigentes não podem estar acima do próprio estatuto do clube e das leis de seu país. Por isso, o sócio injustiçado foi buscar uma solução para um conflito entre as leis do clube e seus dirigentes, não foi buscar mais um salvador ou um politico. Hoje, busca-se uma solução pacificamente num estado laico. Nada de salvaciocismo, nem de culto a personalidade, mas de um cidadão que teve coragem e foi buscar seus direitos como associado do Bahia.

O missivista Dimensen, na sua coluna aqui, não atentou para os fatos: o processo desenvolvido com ampla defesa do réu e as provas. Não atentou o missivista para os sócios do Bahia pisados, não teceu loas para os fatos a serem esclarecidos no Bahia. Apenas se limitou a diminuir o papel do advogado e do interventor. Estes são apenas consequências do dever da justiça se posicionar em face de irregularidades que são conhecidas de todos e que agora suscitaram uma ação do estado em seu poder legitimado constitucionalmente em  dizer quem tem razão, dizer o direito.

Por isso, hoje, o Direito é mais que argumentação ou ideologia, tem que ter embasamento científico, fruto da nossa época, como: racionalidade, proporcionalidade, objetividade, lógica, adequação, sistemática e um conhecimento de filosofia. O advogado com sua capacidade postulatória não está a fazer demagogia para salvar ninguém, ele é requisitado da mesma maneira que um médico, quando algo vai mal, doente e precisando de um profissional habilitado para buscar resultados concretos para seus clientes.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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