Foi o primeiro jogo do Bahia ao
vivo e em cores a que assisti este ano, apesar de ser TOB. Não necessito dizer
aqui a emoção de ver o Bahia entrar em campo, afinal eu estou escrevendo para
os tricolores.
Gostei do jogo. O Bahia jogou
“direitinho” ( acho este o termo mais apropriado). Depois do segundo gol, ele
recuou, mas, apesar de esta prática ser irritante para o torcedor, ela é comum
nos outros times. Não gosto de falar de
jogadores individuais, mas não posso deixar de mencionar Marquinhos e Feijão
(este impressiona pela garra, pela responsabilidade em campo e pela qualidade),
eu gostei muito deles e gostei também de Rafael Miranda, que entrou muito bem.
Talisca e Madson continuam sendo uma promessa, apesar de Talisca ter “futebol”,
mas ele está destruindo a si próprio. Fernandão já deu o que tinha de dar?!
O público deixou muito a desejar,
afinal o time tem dado alegrias a seu torcedor. Pode-se argumentar que o valor
do ingresso é elevado, o que impede muitos torcedores de irem aos jogos. Isto é
verdade e é lamentável, apenas uma minoria da população de Salvador que torce
pelo Tricolor pode se dar o luxo de pagar 50 reais num ingresso, mas esta
minoria está muito acima de 40 mil pessoas. Nada justifica o pífio público de 15
mil pessoas.
De qualquer modo, o que mais
impressiona é a indiferença do time com relação aos problemas políticos do
clube. Fosse outro time sem tradição, sem estrela, sem uma honra a defender, o
desastre em campo seria inevitável, mas o Bahia entra em campo com se o clube
não estivesse sendo sacudido por um furacão. Portanto, mais uma vez o Tricolor
de Aço mostra seu poderio e sua grandeza.
Diante desta grandeza do Esporte
Clube Bahia, MGF deveria desistir da direção do clube e deixar de criar
obstáculos à intervenção. Deve deixar a intervenção seguir sua rota normal. Já
escrevi aqui e todos sabem que eu não vejo nenhum futuro promissor gerado por
esta intervenção. Mas que ela siga em frente, que ela execute rápido sua tarefa
e que a normalidade seja devolvida ao clube. MGF quer se candidatar para quê?
Não acho que as alternativas existentes sejam melhores do que ele, mas
provavelmente teriam mais legitimidade, apesar de legitimidade não assegurar
boa gestão.
Mas sigamos em frente com o Bahia
onde ele de fato importa e nos emociona: no campo.
Dinensen